letra de sinhô sol - zingue
deitado nessa rede
enquanto a vida passa mansa
ouço um choro de criança
ela acaba de chegar
linda como a luz da lua
no final daquele abril
que ofuscou o céu de anil
beleza maior não há
florzinha molhada do santo orvalho
linda e livre do fogo calado
do sinhô sol
olhando o mundo verde enquanto a borboleta dança
ouço um choro de criança
vejo minha mãe de lá
linda como sua tarde
pelo meio de 70 a própria
existência ela acaba de chegar
vestida com a luz da lua
quando aquele junho abriu
que ofuscou o céu de anil
beleza quis se mostrar
e a terra molhada do sereno da noite
respirava alegre e livre do açoite
do sinhô sol
a tarde nublada o cheiro de chuva
canção lá no galho cantava com altura
a sua canção
o pé de umbu, suas folhas no chão
sem pressa nenhuma esperava o verão
pra enverdecer
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