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letra de sr. doutor - zarco (prt)

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só me enxerguei
quando ele estava já
na sombra do rei
porém a história
começa antes
quando na sombra
escrevia a lei

foi lá bem longe da cidade
que nasceu este senhor doutor
e nessa baixa densidade
não se tornou num pescador

nos tempos do sem-resort
calcorreando a sua sorte
foi p’rás finanças de finas andanças
fugiu daqui p’ra enganar o engano

voltou para portugal
sorrateira desgraça a nossa
pois a poeira que assentava
não deixou ver o que ele tramava

lá subiu e se fez rei
e encontrou a sombra que o esperava
esse escuro que tanto ansiava
e lá pelas galas de honor
no chão dos outros o mal semeava
ocultou-se nos fraques de amigos
e contava com essa amizade
que lhe subia a contabilidade
que lhe enchia os bolsos de verdade
e na mentira a transparência o cobria
e enquanto isso o povo lá ria

ó senhor doutor, é que do alto da sua brandura
o brilho ofusca quem logo procura
as trafulhices da sua candura

ó senhor doutor, é que do alto da sua brandura
o brilho ofusca quem logo procura
as trafulhices da sua candura

e daí foram mais dez anos
fingiu de múmia batendo recordes
tirando a água do velho capote
suportado pelas suas gentes
pois na finança tinha as costas quentes

pois agora a sombra é lei
e lava os pés em praia de água morna
e colhe os frutos da sua reforma
e em seu nome não tem nem uma porta
aparece retratado
nos processos que são dos amigos
interligados todos pelos umbigos
mas nada o irrita
a sua sombra cobre e cega a justiça

ó senhor doutor, é que do alto da sua brandura
o brilho ofusca quem logo procura
as trafulhices da sua candura
ó senhor doutor, é que do alto da sua brandura
o brilho ofusca quem logo procura
as trafulhices da sua candura

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