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letra de joãozinho - vulto.

[intro]
não tens aí uma droga que me vendas?

[verso – jota]
tu não és o melhor rapper que existe
és o rapper que melhor insiste em achar que é o melhor rapper que existe
quando na verdade, ser o melhor rapper exige que seja o rapper que melhor diz isto
só houve uma vez que eu ouvi um som teu
e pensei para mim:
“isto é um daqueles sons que um gajo só ouve uma vez”
tenho que escrever merda ao dobro pa’ elevar o crânio
mas o people nem um w
quem não entender e não souber porquê
tenho que escrever merda ao dobro pa’ elevar o crânio
mas o people nem um duplo vê
(isso é de se tirar o chapéu) e rebolar os olhos feito undertaker
e esperar que o meu álbum deixar o sétimo palmo para me considerarem underrated
renasci das cinzas, tipo fénix
(é só ferver) como se tivesses cheio de febre
e se me perguntassem: “quem é o rapper melhor que o secta?”
eu diria que é o [?] e isso foi com fé que disse
minto a mim próprio e depois penso para mim
(a mim próprio) eu não faço hip hop eu faço “hip hópio”
(‘tás a alucinar?) confere. acabei de administrar o surrealismo no café
agora baza, vulto., faz o loop, não tenho tempo pa’ refrões
diz lhes que o puto mata tudo, não tenho tempo pa’ reféns
enquanto pessoa, aprendo com os erros doutra
depois de martelar o prego, vi o secta a fuder um dedo
e não preguei o olho a noite toda
agora eu ‘tou muito mais seguro
acordado a sonhar que durmo, a sonhar que durmo

[outro]
fico-me por aqui, obrigado, e até uma próxima

- vulto

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