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letra de capítulo i - vance (spanish)

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[verso]:
acordo na selva, ninguém me dá as boas vindas
a tremer balanceio por entre escombros e ruínas
aos tombos entre minas , aos ombros as minhas rimas
que entre bombos denunciam roubos, -ssombros e crimes
pernas firmes pestanejo, ferida no beiço aleija
vejo fumo ao longe, rumo ao horizonte que seja
subo o monte, estrada deserta, não há fonte a sede aperta
ponte desmoronada, alerta, do outro lado uma pessoa berra
o que ouço a seguir não é o vento nem a tempestade
enfrento a floresta empestada, não me resta nada
tento perceber onde esta para, o infinito é a meta
enquanto o diabo esfrega o olho, parecia uma flecha
desesperado é inverno até entrava no autocarro do inferno
fujo ofegante e nervoso, falta o charro e o caderno
num instante me perco, não há almoço e fervo
num canto observo, faço esforço mas não esqueço
anoitece, nem com histórias de embalar adormeço
camuflado, tenso, acordado, penso se mereço
sorte a minha, morte à porta mas não há porta para arrombar
perdi o norte não importa, deve haver volta a dar
o que vou contar à cota, bota rota, há gota não há rota
aqui há tropa e bala solta que não esgota
não é preciso réguas, percorri léguas às cegas
sem quedas, por terras sem regras, sem tréguas
entre serras e pedras mas sempre com o medo à flor da pele
cedo à dor e choro, não oro só procuro papel
recordo onde moro e os que são o meu combustível
recordo os meus ossos e que não há nada comestível
não sei se é sono ou fome mas fico tonto
procuro pelos bolsos, pelo meu corpo todo e é aí que a encontro
porque quando o mundo parece estar por um fio
trago sempre a minha caneta porque é só nela que confio

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