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letra de desapego - tsukimc

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introdução:

[carolina pequito]

a revolta dentro de ti acontece, nasce e desenvolve-se quando de alguma forma e em algum momento acreditas que tens razão. intrinsecamente imprimes no teu discurso uma certeza. bates o pé e convences-te de uma verdade

o princípio é assoberbante, invade as tuas convicções, não respiras, não respires. trava, sustém, aguenta. em apneia, tu não conhеces o caminho. ainda sem respirarеs, espera até ao momento em que o teu cérebro contenha apenas a quantidade de oxigénio que precisas para te manter de pé

aí. onde estás. agora. o que é que te parece a crença a que te agarraste!? a certeza que te acompanha todos os dias enquanto respiras!? quando o fulcral tornaste b-n-l, trivial, normal. e a seguir ainda personalizares isso com um tom familiar e pessoal?!

perpendicular ao que te faz respirar. vive um caminho que te permite parar para pensar. eles cruzam-se apenas num ponto, finito, curto e na verdade, um mito. procura por ele, pára de respirar, pára de só continuar
transforma-te em teia, filha do céu e da terra, a titânide que concebeu o sol, a lua e o amanhecer. faz parte da história do mito. não precisas de existir se estiveres a ser. eleva-te perante o real porque tu já és, sem quereres, uma generalidade da tua geração

quimera és, só possível por hipótese
deixa o futuro narrar
sê o camões do rap

[tsuki]

cabeça desmente, construção mistificada, realidade fantasiada de uma vida a dois. qual é a impressão que passas quando falas, ficas, calas, eu espero e faço escalas, para repetir depois

foi sempre assim, confiar pa derrubar, não há ninguém em que eu possa confiar. e foi assim eu abri-te as portas, convidei-te a conhecer o meu íntimo e as anedotas. entrei num jogo, vício aliciante, a competição entre o prazer e o ser humano

e o abrigo, o sossego, o cochilo, o conforto, o suporte, o tempo despendido um com o outro. foram períodos, longos períodos, grandes conversas com abundantes conteúdos, sorrisos e olhares, trocados ao minuto, uma vida partilhada mas com falta de atitudes

passam anos, dias, horas e pergunto onde estás? iludes, velozmente e ainda dizes que não dá. prioridades invertidas num mundo tão ocupado, prioridades refletidas pela personalidade. a tua própria homicida. moeda preta várias faces encardidas, desmoralizas. a vida instiga, fatiga, castiga e obriga propaga mas abriga e dissipa

e eu não sei onde vou
e eu não onde estou
e eu não sei o que quero
e eu não sei quem eu sou

e eu não sei quando vou
e eu não sei pó que estou
e eu não sei o que faço
e eu não sei quem eu sou
e eu não sei onde estou
e eu não sei onde estou
e eu não sei onde que vou

e eu não sei o que quero
e eu não sei quem eu sou
e eu não sei quando vou

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