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letra de qual é o seu preço? - thiago elniño

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[verso 1: thiago elniño]
chapo de pedra até umas horas e agora parece um bicho
os outros tratam como um lixo, mas eu vejo um homem ali
realidade bate pique muhammad ali
e a tiazinha protege a bolsa como se fosse o livro de eli

e eu li, em algum lugar que todos são heróis
se ta na rua é nós, independente da situação
eu que não vou entrar na de julgar o irmão
se eu não posso esticar a mão eu erro se eu aponto o dedo

tendo esconder o medo quando ele me aborda
logo vem de ideia torta dizendo que mora longe
diz que tem fome, pede para eu inteirar o bonde
mas teu olhar não esconde que ele veio na maldade

deus é verdade ele protege eu tenho fé
e o irmãozinho mete o pé sem sem ter me feito mal nenhum
e eu que não sou qualquer um, nunca julguei ele um qualquer
mas o que o sistema quer é ver os pretos se matando

juntando em bando, pa pa pa pa pa pum
olha lá se foi mais um, quantos já foram essa semana?
poder traz grana, ou é a grana que traz poder
nessa eu pergunto para você quanto vale a vida de um homem?

seu viu o corpo? deram na cara e no abdômen
dizem que mataram mano por causa de 5 prata
aqui por muito pouco se morre ou se mata
o inferno tem suas leis e o anjo perde a asa se não acata

e tá na capa do jornal o corpo irmãozinho
merda de forma de virar celebridade
nem todo mundo aqui escolhe o seu caminho
o dele já tava traçado essa que é a verdade

dentro de casa, seguro, eu me pergunto
o que difere aquele irmãozinho de mim?
eu tenho a escolha de mudar os meus princípios
mas a historia dele já começou pelo fim

[refrão: thiago elniño & douglas din]
qual é seu preço? me diz quanto é que tá?
qual é o seu valor? quem vai querer comprar?
qual é seu preço? me diz quanto é que tá?
qual é o seu valor? quem vai querer comprar?

[verso 2: douglas din]
no meio do caminho havia pedra, pó e ervas
evas e maçãs doces, desses que descem de cervas por sessão
eu na -ssessoria de prensa, acesso a via que pensa
compensa exercer poder de fogo, exército sem dispensa

licença do senso, catalogado como baixa, antes da baixa
mexo com o comércio e as taxas
de natalidade e mortalidade, nasço, mato, multiplico e morro
curte o pico! morro é porto rico e riqueza é querer

universal, une versões de mim
pra plantar, revender, comprar, defender na corte
fim é o de menos, vejo todo dia em meus fregueses dóceis
“aceitação”, faço história desfibrilando os fósseis na fissura

pedra preciosa, que deus me desculpe
se esculpe necessitados de um céu, tenho o que supre
terceiro setor da city, kit de último socorro
vendendo provisórias para quem não consegue ser forro

[refrão]
qual é seu preço? me diz quanto é que tá?
qual é o seu valor? quem vai querer comprar?
qual é seu preço? me diz quanto é que tá?
qual é o seu valor? quem vai querer comprar?

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