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letra de vaidade - ​tasc0

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[verso]
os anos passam, eu contínuo na mesma história
a digerir memória e esta volta-me sempre inglória
rambóia virou degredo e rumo à escuridão
entre turnos é tudo turvo mas não há escravidão
entre a minha vontade e a luz do teu perdão, juro
voltar seguro num futuro sem verdade, juro
abrir os olhos no escuro da saudade, juro
saltar o muro desta sociedade, enquanto

a hora passa e se transforma numa palete
repete-me essa merda até teres as tripas de fora
repete e, sem demora, morre pela tua esmola
já perdi o tempo e agora dão-me uma folga?!
hora após hora o meu ego leva uma sova
implora que te cales, conversa só me estorva
agora nada vales, o tempo é uma mola
que me foi sendo compactada
assim que entrei para a escola

eu queria sair mais ceda mas, nisto, já é tão tarde
queria mas tenho medo, queria mas tenho de ‘tar de
cócoras à espera que exalte umas palavras que procuras
a ver se ganhas notas e descolas ’pró salto (boooooy)
é natural, queres ficar no alto
mas, com uma pitada de sal
diria que nem queres pisar o palco
entendo que queiras matar o game
mas, de repente, lembrei-me:
esse som já passava nos states há uns dez anos
(há uns dez anos) que sinto que tudo o que vejo é falso
ou escolhes vender o tempo, ou escolhes andar descalço
de facto, eu sei que trabalhaste anos para tentar ser rei
mas isso só me faz pensar que aquilo que tens é vaidade
(tu tens é vaidade
vaidade não vai dar, não)

vaidade não vai dar ‘pra quem quiser ficar
quem quiser mostrar que:
oligarcas mudam regras neste charco
não temos remos neste barco
tempos modernos, líderes opacos
vejo o povo lidar com o estrago que
essa classe alta criou e agora esconde
mais dez mil milhões que estão ninguém sabe onde
porque quando se aproximam do guito ele corrompe
assim nem de estômago aflito a corda rompe
o crime passa impune, essa corja ‘tá sempre a monte
o povo na praça pune mas quando chega a casa dorme
é sentir alegria vivendo na própria morte
e abraçar um novo dia que eu hoje sinto-me com sorte
fodes guito na lotaria, tu já perdeste o norte
serão os cortes em demasia?
o sangue tapa-te a vista
perdes a compostura porque o jantar é alpista
e estático em formatura, atura-me como artista
…e pensam ver-me um gajo sem ambição
só porque penso verde
mas, se tiver de ser, assumo o gasto da missão
e passo frio cá fora dessa “era digital”
amores de fibra óptica em que eu passo fio
nesta era de supressão
corpos esmagam-se como formigas no chão
como lombrigas num cão
a merda espalha-se pelos ecrãs e vocês acreditam
sem fazer ideia de quem os parasitas são
nesta era de supressão
corpos esmagam-se como formigas no chão
como lombrigas num cão
a merda espalha-se pelos ecrãs e vocês acreditam
eu cá sempre soube quem os parasitas são
eu sempre soube

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