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letra de coringa (a lenda do santo beberrão) - síntese

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mais um caipira da mata sagrada pra selva profana
respirando inveja e fumaça ao invés de prana
sem cama, but, nem grana
só a gana
e um caderno com a minha sina em melodrama
– “então explana”
subi o monte, a voz me disse:
– “não se cale, não pare”
desci do monte
fiz cês descer do salto e olhar pro vale
quanto vale o show?
quanto vale meu talento?
quanto custou pra nós tudo que ficou naquele tempo?
trouxe no peito o sonho de várias almas
viram vingar e dar fruto
parimos uma verdade sem amarras
nunca mais ouvi falar de alguém que vem pra tá aqui
do jeito que eu queria ouvir
– “lembra disso, nós omisso”
miragens pelo chão de sampa
mensagens pelo céus do vale
mano eu tive um sonho real
um delírio lógico
juntei os escrito da sul
e da leste os apócrifos
com a minha vida num pen drive eu disse:
“ingles… eu tenho um plano de vôo, fei
vem que eu projeto a nave”
atravessei espelho, parede, barreira
me deram as chaves
arranquei as traves
saímos da trincheira
com as linhas demarquei em território nacional
pro tolo: “transtornado”
pro sensível: “genial”
uma nova consciência nessa arte (uau!)
subversão
na obra da elevação eu fiz minha parte
eu cruzei a dutra pra lá
eu movi montes
e houve noites que não tava bom pra cantar
mas se deus quis assim, meu bem
de onde eu vim cada um luta pela vida com as batida que tem
quero me erguer
e se chorar que valha a pena
rouba a cena
quem é louco não se aguenta
deus mostrou o rap
fez do corpo a ferramenta

amém
melhor pensei, rap cantei
gritei: amem
pras palavras que só vale o que vem
não era bem o que eu pensava
o que eu busquei ninguém buscava
o circo me matou por dentro
o palco me sugava
“que que o max ia pensar disso tudo?
que que o léo faria no meu lugar?
é outro mundo
vou voltar beber fumar, se foda
síntese é foda
é a minha cota até a minha hora de estourar”
mas o tempo vai passar…
verdadeiro alquimista
tudo voa do lugar
o bêbado equilibrista
ver a mentira acontecer corrói o sonho de verdade
de justiça, de vida e de liberdade
dinheiro vai e vem
e não ver o quadro mudar
faz só anestesiar
até a hora embarcar pro próximo
show do palhaço que enche de lágrima a garrafa de pinga
ai cê vira artista ou vira o coringa
– “o léo fico loko, fei, já era
se você não se segurar ninguém prospera aqui”
só quero por um fim nessa espera de não sei o que
falar ou ser o que pra quem sentir o que, fei?
tudo muda, o rap muda, a gente muda
não é capaz de amar o mundo como é?
então se muda
o real é maldito, eu tenho dito
não precisa mais de bala pra calar ninguém
é só deixar rico
eu morro sem mas não faço som escroto
subi no topo eu pixei: “vida longa aos bicho solto”
no calor da guerra fria eu fiz brotar
síntese matrera nos falante da glória pra eternizar
na humildade, foda-se
trago no dna
a ciência da destreza
o m-n-seio milenar
hip hop secular
e eu tô há dez mantendo o assunto
e pesa no conjunto se eu paro pra respirar
então, vão pra achar
a trilha dos caipiras tá aberta do ano doze pra cá
só a música que soa
até quando eu não sabia nada não era à toa
palavras são pessoas perdidas nesse mundão
e poucos tem um significado digno
e eu não vim pra predicado
sob o signo de virgem
até que o corpo vire pó
eu vou voltar pra minha origem
só o ohm
só o som

quero me erguer
e se chorar que valha a pena
rouba a cena
quem é louco não se aguenta
deus mostrou o rap
fez do corpo a ferramenta

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