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letra de tempestade - russa

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[intro: bag]
ela tem marcas de quem lutou com o vento
facas apontadas às costas de quem lutou com o medo
achas do fogo da vida inglória, não guardou segredo
queima toda a gente, quem te abraça e quem te aponta o dedo
e quem te aponta o dedo…

[verso 1: bag]
não sabe que a tua mãe viveu marcada e pisada
e privada de viver debaixo da asa da felicidade
fraca nunca foi, mas foi rumando ao vento sul
dum lento cruel capitão que via a vida p’la garrafa
a escola até prepara a inocência conformista
p’ra um sistema que visa a vir tornar-te derrotada
mal sabem eles que a capitã vazia vem montada
num barco que não dá tréguas à conquista dessas águas

e vai rumando ao norte
a tua mãe amou-te só que a vida em vias de ser roubada
deixou-te o capitão da morte
agora ruma a outra casa
p’ra onde quer que ela te traga norte

[verso 2: russa]
inspira, expira
aspira o estigma e cospe fora
(aspira o estigma e cospe)
espiral
mar revolto há-de inspirá-la
mágoa em mala. vai torná-la em arte
maga, faz a escala. parte
barco rumo ao porto a norte
forte capitã
inspira, expira
(inspira, expira)
ondas elevam o mastro
sem nunca deitar abaixo a mestre
sobra só falar que a leste
sopra à sombra quem quer vê-la ao mar
espelho, vê lamar
ela consegue amarar e
nadar a puxar o barco

[refrão: russa]
capitã na tempestade
capitão na tempestade
capitã na tempestade
capitão na tempestade
capitã na tempestade
capitão na tempestade

coabitam com sonhos
sonhos afogados

[verso 3: zlatan]
5:30, acordei com um caderno
ao lado, um demónio, copo vazio
caneta sem tinta não me facilita a escrita
eu p-sso-me, fico doentio
penso na minha mãe cada vez pior
vejo a minha filha cada vez maior
eu ‘tou com os moços do bêco, os do sado
os do rap, os do fado
os do feito e conquistado
vê pai como o tempo p-ssa, és avô com os olhos em água
e eu com água nos olhos
a ver-te em ruína p’los cantos da casa
e na barca da vida o tempo p-ssa
a vida é sina, a vida ensina ou não?
ou, imagina o teu nome na praça a fintar a vida então

[verso 4: moniztico]
não largues a tua mão no meu leme
não queres -ssumir-te nesse posto
ou conta-me as procelas que já viste
e acorda as cicatrizes no meu rosto

não largues a tua mão no meu leme
não queres -ssumir-te nesse posto
ou conta-me as procelas que já viste
e acorda as cicatrizes no meu rosto

coisa nenhuma do que tem veio por escolha
nem ter a vida nas mãos nem numa folha
ela deixou a narração do vazio imutável
tudo é um espelho quando presa nas paredes duma bolha
coisa nenhuma do que tem veio por reza
o alcoolismo do pai, o prato vazio na mesa
só escolheu ser forte e reinventar o norte
p’ra capitanear as falhas da mãe natureza
noel rosa em vinil, uma pausa em lauryn hill
uma dupont ou uma bic e alguma água d’olvidar no cantil
p’ra afinar no lancil
não quero ser igual a ele, nem a mim…
nem a quem a vida fez já vil!
nada do que tem veio por si…
lêncio, é tudo o que resta nas arestas do vazio
as vagas em redor podiam lembrar amor
mas este mar é radioativo e acorda em chern0byl
eu só queria ver a quilha do batel
no fluxo da cartilha da felicidade
mas no meu caso j’oublie que je m’appelle
invencível capitã sobre um barco de papel
mas no meu caso j’oublie que je m’appelle
imperecível capitã sobre um barco de papel

[refrão: russa]
capitã na tempestade
capitão na tempestade
capitã na tempestade
capitão na tempestade
capitã na tempestade
capitão na tempestade

coabitam com sonhos
sonhos afogados

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