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letra de lançado - rui veloso

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cometi crime de amor à morte fui condenado
mas antes do cadafalso a um capitão fui chamado
que partia para a guiné e me prometeu perdão
se fosse numa galé e aceit-sse a missão
de à sorte ser lançado na má terra do gentio
sózinho e abandonado durante meses a fio

entre o inferno e o algóz dançava meu triste fado
medi os contras e os prós e escolhi ser lançado
e -ssim fui embarcado até às costa da guiné
e em terra fui deixado com biscoito medo e fé
com ordem de haver língua com todas as criaturas
saber das fontes do ouro e conhecer essas culturas

refrão:
fui lançado às feras o mato foi a minha casa
não havia primavera nem outono
e era sempre um estio em brasa

venci as febres do mato e o veneno das cobras
cativo levei mau trato paguei pelas minhas obras
das gentes tornei-me amigo com artes que já nem sei
e ao fim de muitos meses era visita dum rei
fiz-me amante de gentia com ela juntei fazenda
a vida até já sorria feliz era a minha emenda

o batel chegou um dia para saber se eu era vivo
e nas areias da baía foi um encontro festivo
regressei a portugal com ideia de ficar
e ao infante contei tudo do que pudera indagar
e tal foi o meu sucesso que el-rei me deu perdão
mas mandou-me de regresso e eu não pude dizer não

refrão:
fui lançado às feras o mato foi a minha casa
não havia primavera nem outono
e era sempre um estio em brasa

mandou-me o senhor infante em companhia de abade
que baptizou toda a gente e aumentou a cristandade
” que boa colheita de almas! ” disse de contente o papa
ao vêr as chagas de cristo a tomar conta do mapa
e em paga dos meus serviços ali fui feito feitor
e eis tudo o que p-ssei só por um crime de amor

refrão:
fui lançado às feras o mato foi a minha casa
não havia primavera nem outono
e era sempre um estio em brasa

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