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letra de consequências - revel mc's

[ordep]

nessa tempestade da minha vida primeiro vem o trovão/
pensamentos vão… caem feito raio/
me diz nessa vida quem não é falho?/
me diz quem não é falho?/

imperfeito, perfeito/
transmitindo o que tenho no peito/
o mau não almejo/
paro e penso, o que está reservado pra mim no futuro/
viver só por viver pra mim é um absurdo/
é como se eu estivesse no escuro/

mas a luz que brilha sobre mim/
me diz que a vida não é bem -ssim/
que eu posso fazer aquilo que me deixa feliz/
e nada é impossível pra mim/

que um sonho deixa de ser um sonho quando você vai atrás/
mostre pra si mesmo que você é capaz/
fortifique sua raiz e cresça aprendendo com a vida/
adquirindo o essencial

não temas o mal/
seja você construtor do seu império/
sem atrasar o lado de ninguém/
viva nó bem e não de bens/
até minha ambição é bem pensada/

idealização pesada/
só penso em colocar o pé na estrada/
e sair por aí fazendo show por cada canto do brasil/
disparando tiros de reflexão nesse mundão/

a vida é divina a coisa mais cara/
e eu prezo por isso/
tenho medo de morrer por que ainda/
– não vivi o suficiente/
– não aprendi o suficiente/
– não amei o suficiente/

não fiz minha missão/
quando eu fizer tudo o que eu tenho que fazer/
deus pode me levar, agora/
só tenho em mim o sonhar/
e claro mantenho os pés no chão cantar rap tá no coração/
faça o que te faz bem irmão/
meu sonho é um diamante a ser lapidado ao longo do tempo/
tenho a proteção/
pra ir no submundo/
e voltar ileso sem dano algum/
pode crer a vida te ensina/
a cada aprendizado/
certo ou errado/
anote, isso te serve de suporte/
pra te manter forte/

[cm:dnt]

de kenner, rua escura/
‘freiando’ as viatura/
não é apologia /
é só o que acontece/
afinal não sou eu/
quem manda eles parar/
favor não se ofenda/
não gosta de ouvir/
faça parar de acontecer/
quando parar de acontecer/
talvez eu pare de falar/
(talvez eu pare de falar)/

madruga, maceió/
a lua brilha/
o olho brilha/
as prata brilha/
brilha mais que a sirene da polícia

mas infelizmente/
eles não gostam/
e sempre vem tentar apagar

batem, humilham, xingam, sequestram/
e matam quem ousam falar/
(me disseram)/

e -sssim pelas ruas coisa é tal/
os ‘milico’ se diverte pensando que é a -ssomal/
mas os cana p-ssou mal, ‘tô limpo não faço mal/
os ‘homi’ ficou sem ar, tiveram crise de “-ssmal”/

me abordaram fazendo escândalo – rabiando/
mira laser mira meu peito/
o povo tudo olhando/

tudo isso pra revistar a esmo/
não achar nada, ficar com mais raiva/
e descontar, no próximo “lejo”/
ó desespero/
umas ‘super produção’ pra não dá nada/
dá até dó moleque/
por isso que se chamam de “steve”/
referência ao ‘spielberg’/
referência ao ‘spielberg’/

[china]

desde agora, o vento sopra bênçãos de melhora/
tv mostra, ‘pontualiza’ e o inferno aumenta a lista/
pouco importa, você alista brancos no poder/
teste às cegas, somente cegos podem ver/

mas o que ver? o que se faz quando se sente só?/
se bem que todo tempo é dor, a tempos/
quem notou? tão poucos, mas não rotulo os tão poucos/
milhares de notas e nós aqui com tão poucos centavos/

nem sei se em casa tem café/
pratos fundos são feitos com argila de fé/
damos ‘braço’ pra botarem algema, embaça,/
motivos de esperança de direitos (iguais…)/
matando o sorriso das crianças e da busca de (paz…muita paz)/

favelado é favelado e não importa a concorrência/
rapaz, o inferno é bem melhor que aqui, ao seu redor só ilusão/
é aqui que a miséria não muda, ninguém pede desculpas, e só dão/
desculpas
não é que a vida é dura, é que o ser humano é fraco/
leva na mente o fardo, de um grande fardo do p-ssado/

quanto tempo p-ssou?/
alegria acabou, a tristeza voltou/
onde isso vai parar?/
desde lá quantos que sobrou desde a última bala metida?/
hô, oops! quer dizer bala perdida, é que o gatilho se enganou/

pode parar, eu sei quando é hora de parar/
e se eu volto pra terra então não, a deixo como está/
explosão, sangue seca, seca por combustível, cada porta que fecha/
nunca foi tão tranquilo de ingerir, sem depois vomitar/

pausa para conferir se nesse pode confiar/
a melhor trilha da vida que se pode seguir/
com drogas na gaveta pra não se ferir/

- revel mcs

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