letra de não largo de mão - régis marques
me emponcho de experiência e estrada
dos cavalos que domei
de tropa cruzando cochilhas
carreteadas que troteei
lançante, brete, quadra e campo
emponchado em chucros corcoviei
a cada corcovio um laçaço
domando a vida me criei
chega um tempo me paro abancado
por vez me pergunto onde é ofício pra mim
porque um taura na lida envelhece
e a vida parece que é xucra no fim
ontem o mango, hoje o peso da cuia
me enverga a coluna que eu caia no chão
pra este véio essa cuia é uma crina
morte grudado é sina, não largo de mão
lembrar rebolca o pensamento
solavanca a solidão
pois mandalete de fazenda
não dá rédea ao coração
fui piazito montado num sonho
ter meu rancho, minha criação
fui mandado das rédeas do tempo
sem cavalos e arreios no chão
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