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letra de baila - rebeliom do inframundo

mulheres cósmicas e homens supersónicos
movei-vos. há sangue na pista de baile
suai. há lume nos rios de babilónia
molhai-vos. a chuva é púrpura

meigas have-las hai-nas às vezes presas dum puto pailám
a cousa pom-se má, estás de quarentena e sem quartos na casa?
que caralho passa! aplaudem a comparsas?
está-se-nos tronçando a alma mas a moi cabrona sussurra-me baila

di que está farta de crer que já nom tem futuro. de estampar-se cos seus sonhos contra um f-cking muro. di que o mundo é fermoso e o enchem de barolo. vem aqui, acouga amor, imos fode-los duro
na doutrina do puto shock, podo ser um tanque ou uma bela flor, vive no presente, f-ck belle époque, fode-los no ritmo o nosso toc. nom homem nom, nom temos rei ou isto é camelot! vam ter que trocar o seu camelo e sulcar o céu coma carrero, bro

bis

à merda alma, esquece-te. vem para aqui já nom sofras mais. coraçons vam a apodrecer, os cabrons querem-a escravizar. vam fazer por ve-la perecer pero ela nasceu para loitar. normal que hoje até o mencer o único que queiras é bailar

pensam em deter-te. injetar-te o verme. sumir-te no pánico que implantam na mente. jogando com nós os borregos de sempre, se eles falam ti ‘chitón’ porque a tua voz é de delinquente

dá-me mais eh, di-me mais que nom ‘sepa’, subnormais no planeta? com gravata e jaqueta, ‘bocachanclas’ disparando como uma ‘metralleta’? ‘pataletas’ da direita , como meta sumir-te na sua treta. uns veletas com corneta desfilando entre ‘peinetas’ e ‘saetas’?

medo a ponta de pistola. povo volta-se ‘picola’. temos na gorja uma ‘chola’. sociedade fica tola. alma assim revoluciona ante isso que nos isola. fala inda que nom podas, baila por muito que foda

- rebeliom do inframundo

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