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letra de universo paralelo parte 1 - noggerinimc

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um garoto como outro qualquer
cego por suas ilusões
não conseguia ficar de pé
devido a tantas decepções…

na sua vida nada certo
de certo apenas a incerteza…

mesmo sendo evidente sua inteligência
e também a sua destreza…

com as dores do p-ssado
com as paixões por ele vivido
não enxergava a paz ao seu lado
pois com o mal ele havia convivido…

a sua família ele largou!
no ápice da solidão
uma pequena casa alugou
para “fugir” da depressão…

era droga atrás de droga
vício atrás de vício!
e não sabe à quem roga
pra sair do precípicio…

cansado de tudo aquilo…
e não sabia como agir
não tinha escapatória
a saída foi fugir…

… fugir para o easy-way
e também ali fingir
que o plano era easy
só bastava interagir…

e com os olhos vermelhos
pôde averiguar
abriu a porta do banheiro
e foi ali se aprofundar…
aprofundado no desespero
remédios pegou lá!

não tinha escapatória
remédios em sua garganta!
e com isso se encerra a história
e com ela a esperança…

“essa é a ideia mais sensata
de por um fim em tudo aquilo…
como esse é o fim
até que enfim descansarei por fim tranquilo…”

“… em uma forma de despedida
venho aqui agradecer
a cada um que ficou ao meu lado
e pôde sempre me fortalecer…

enquanto aos em minha volta
que com pedras e agulhas
conseguiram a minha derrota
e acenderam aquela f-gulha…

a f-gulha de uma brasa
que aos galhos secos foi lançada…
a dor, o medo e a angústia
fizeram de mim a sua morada…

deixo aqui o meu adeus
em especial à minha platônica amada…
e peço à deus
que a acompanhe em cada uma de suas caminhadas…”

aos poucos que ele escrevia
sentia seu corpo amortecer…
teto, parede já não mais via
era como o anoitecer…

um anoitecer filosófico
pois o sol raiava lá fora!
e uma única certeza
de que jamais veria o sol outrora…

“isso é estar morto!
o que aconteceu comigo!?”

-ssim se indagava o precoce menino…

“estou em outra dimensão?
o lugar onde eu estou
foge da minha compreensão
como eu vim, para onde vou!?”

em meio àquele vazio
não sentia frio, nem mesmo calor
vozes ele ouviu
e sua “pele” se arrepiou!

em meio a uma nebulosa
uma grande luz se aproximava!
com uma fragância de rosa
e uma luz o iluminava!

o medo o dominava!
não sabia o que fazer…
e com a cabeça abaixada
começou -ssim dizer…

“será essa a morte?
acabou a esperança…
quem dera eu ter tido sorte…
e a inocência de uma criança…”

um sentimento tomou conta de sua mente
os seus olhos já estavam a lacrimejar…
e de uma hora para outra já estava ciente…
que não queria estar ali naquele lugar…

“quem é você? que sensação é essa?”

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