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letra de trabalho - nerve

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[intro]
já aconteceu com você trabalhar o tempo inteiro 8 horas por dia, 9, 10 horas por dia. telefonemas, dezenas de telefonemas talvez, reuniões, contactos com chefias, correrias, trabalho extra, e você chega à noite e penso com consigo mesmo: “mas poxa vida, parece que não produzi nada”. já aconteceu isso com você? olha, se isso aconteceu com você, bem vindo ao time. você não é o único

[verso 1]
acordo e sinto o cheiro a morto (cá dentro)
lá fora, a esgoto
estou lento, só penso: eu sou tão novo, eu não vou
(ou vou, não sei)
ok, mas só porque tenho de ir
e nisto, apanho a carteira, móvel, chave, o tempo é pouco
apanho aquele sol matinal
o comboio na marginal
se picas caçam, a mim não
(tu estás louco?)
chego ao emprego, com medo, tremo como varas verdes
patrão com sede de sangue
eu minto com todos os dentes
a culpa é do tempo
adoeci
parti uma perna
o apartamento pegou fogo
estive a salvar a terra
por favor, não me tire o posto
não tenho fundos nem fôlego
atire-me para o meu cubículo e eu juro que trabalho o dobro

[refrão]
eu juro que hoje trabalho o dobro
eu trabalho o dobro
eu juro que amanhã trabalho o dobro
eu trabalho o dobro
eu hei-de trabalhar até cair morto
vá lá, não me tire o emprego, eu não vou falhar de novo
eu não vou falhar de novo
eu não vou falhar de novo
eu juro que amanhã trabalho o dobro
eu trabalho o quê? vou trabalhar até cair morto
vá lá, não me tire o emprego
eu não vou falhar de novo

então não me tire o emprego, eu prometo
eu juro que hoje trabalho o dobro
não tenho fundos nem fôlego
atire-me para o meu cubículo e eu juro que trabalho (o quê?)
eu trabalho o dobro
então não me tire o emprego
eu prometo, prometo
eu juro que amanhã trabalho o dobro
não tenho fundos nem fôlego
então atire-me para o meu cubículo
e eu juro que trabalho o que for preciso para ser digno…

[interlúdio]
parabéns, apanharam-me

[verso 2]
ok, eu juro que não estava à espera
que fosse tudo smog, fumo, stress, fast food
pressa é costume
prédios, semáforos, p-ssadeiras
“boa viagem. o título é válido”
olhar metálico
de volta aos papéis, com algarismos
apelidos, cálculos, endereços, tabelas, preços, scripts e gráficos
configurar parâmetros
tipificar registos
tomar decisões, numa de: isto é ou não é procedimento
clientes estúpidos. “odeias? não és o único
paciência. cubo de rubik
tu não te esqueças: o teu cubículo não é o teu estúdio
tu aqui és só mais um, pára de te armar em músico
volta para cpu’s e p-sswords
resultados, hoje, sim senh-r-s, dá-me nomes
refila pouco. tu nem sais
tu és do tipo televendas, fumo, insónias
hipertensão, falta de atenção e má memória
queres a glória? ela é para membros produtivos
o ponto alto do teu dia? eu digo: estás despedido”

[outro]
– desculpe…
– não, não…

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