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letra de tinto cão - monster jinx

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[intro: pulso]
ainda não sei se sabes
aqui na nave a vista linda rumou a marte (?)
temos tudo o que é preciso
o tempo é lento se quiseres comprimidos
não te atraias ao tacto
gravidade não se aplica ao caso
esquece o jogo impraticável
xadrez em guardanapos
fim expectável

[verso 1: pulso]
sem regresso
o destino é o deserto que me há-de (?)
estou no expresso do oriente num planeta incerto
sem nada por perto
se o plano der certo
é certo que vou mandar um postal a anunciar o sucesso
quando chegar ao destino
vou ajudar-te a acenar o cachimbo
a ensinar o regresso
a minha casa é tão grande
que contém um universo lá dentro
e o vizinho do lado tem um igualzinho
acabamentos a preto
eu não me lembro se sabes
estou de partida
não sei onde estacionei a nave

[refrão 3x]
no meu caso não preciso
de fazer de conta que sinto que és bem-vindo
eu não partilho este tinto nem que tingido
eu desatino por capricho quando é propício

[verso 2: j-k]
tenho o coração armadilhado com espinhos feitos de algodão
mãos com rosas são man0bras de diversão
eu sempre soube aquilo que queria
porque eles não entendem os versos e elas adoram a poesia
trago o sabor da vitória e as marcas do combate
arranhões nas costas, o pior fato no chão do quarto
cálice cheio, no meio de cápsulas, a focar uma pluma
três riscas, tabuleiro de prata, a af-gar um puma
peça rara, forjei uma soqueira com a minha cara
uso o sangue para desenhar ouros e copas nas cartas
sem mapa, eu estou tão longe
sem data, só sei que hoje é hoje
e hoje há uma razão para brindar
já faltou mais para acabar, já faltou mais para apagar
já faltou mais para faltar o ar e eu só me vejo a brilhar
eu juro, miúda, ‘tou numa de me afundar

[refrão 2x]
no meu caso não preciso
de fazer de conta que sinto que és bem-vindo
eu não partilho este tinto nem que tingido
eu desatino por capricho quando é propício

[verso 3: stray]
a mentira vem à tona, flor de lótus
amor perfeito, s-m-nte do demónio
bebo para não sentir, clorofórmio
palavras encravadas,espinhos no meu copo
pálpebras com palitos, olhos de vidro à prova de tiro
na prova de vinho eu provo o que me davam no ninho e provo que o meu sangue que não se verte sozinho
confia em mim, eu vim lá do canil
dá-me o cantil, sê difícil
deixa o meu chuço, sai do meu prédio
leva o meu mau tempo, deixa o meu mau génio
sopra as nuvens do meu temperamento colérico
eu sou perfeito, sou-te sincero
pesa-me o espírito, homem mais forte do mundo
lê-me o sina, diz-me quando é que eu me afundo
venha à chuva, que se lixe se eu enferrujo
eu fico bem -ssim com o meu pequeno brilho… sujo

[refrão]
no meu caso não preciso
de fazer de conta que sinto que és bem-vindo
eu não partilho este tinto nem que tingido
eu desatino por capricho quando é propício

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