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letra de programação normal - maurício morriz

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causa e efeito, no caos suposto defeito
a ordem é calmaria, congestiono e deleito
pausa: todo mal na real também tem conserto
se a brasa que te embasa mantém a chama no peito

em pauta ficar no pleito preceitos que coleciono
a meta é fazer direito, tranquilidade e não trono
na dúvida, direciono o que não quero pra distante
se acaso decepciono, sigo na causa constante

aqui na selva de pedra tem que ser homem de aço
pra conter a própria queda e se livrar do frac-sso
sabendo que o que eu faço implica sempre no todo
a ação de cada sujeito tira o plural do lodo

se o outro vira ameaça é farsa falar de paz
já que a tal cultura do medo jamais será eficaz
o plano é tornar presente a calma nas multidões
pra que a paz não esteja só na rua e sim nos corações

entre milhões de concorrentes, gente virou um detalhe
a meta é tirar da frente qualquer um que atrapalhe
se eu duvido do indivíduo não aceito quem ele é
atesto a ignorância e contesto a própria fé

se é cada um por si a sina é segregação
a ilusão do inimigo nos faz competir em vão
não entendo porque brigamos se estamos todos à margem
pois se diz civilizado, mas o homem é selvagem

[refrão]:
daqui de canto observo o vai e vem
cada um com sua cruz e ninguém enxerga ninguém
na programação normal eu continuo
com a programação normal eu contribuo
vejo as cachorras, vejo os gansos, os ratos e os vermes também
a fauna toda em rotação, cada um pelo que convém
na programação normal eu continuo
com a programação normal eu contribuo

liberdade relativa relaciona alternativas
dentre todas as opções, qual mantém a essência viva?
sangue, suor, saliva e a ciência que sou suspeito
sensação do meu algoz ser aquele por mim eleito

em busca do tal defeito, aponto pros governantes
mas a culpa é do prefeito ou de tudo que veio antes?
daqui a pouco em instantes, atenção: “corta pra mim!”
povo suicida o voto e provoca seu próprio fim

escolhi e então colhi o que plantei antes, lá atrás
se escolhi me abster me conformo com o “tanto faz”
para não me ater ao básico atuo em prol de mais
tentar por o meu palpite sempre de forma sagaz

a plebe incita o plebiscito e vira a dona do apito
porque o povo politizado é o povo mais bonito
firma então o veredito que sustenta esse legado
a consciência no presente faz futuro bem pensado

o amanhã de ontem é hoje, que logo será p-ssado
o peso da escolha agora amanhã terá resultado
ficar omisso na encolha e semear murmúrio tolo
consciência é ser ciente que também está no rolo

e que tu também tem a ver, isso faz parte de você
se não tiver dentro do jogo não tem chance de vencer
quem cala de fato consente e concorda com o que dita
e antes de dizer: “não posso”, pare um pouco e reflita

[refrão]:
daqui de canto observo o vai e vem
cada um com sua cruz e ninguém enxerga ninguém
na programação normal eu continuo
com a programação normal eu contribuo
vejo as cachorras, vejo os gansos, os ratos e os vermes também
a fauna toda em rotação, cada um pelo que convém
na programação normal eu continuo
com a programação normal eu contribuo

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