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letra de sonho de criança - matheus meireles

do lixo ao luxo, e se voltar ao lixo não fujo, mesmo no luxo eu não mudo nem fico mudo, eu grito
herdeiros posteriores, só olham pros seus umbigos, sem olhos interiores, não ajudam nem seus amigos
sapato rasgado, fudido e pobre, família bem ele vira playboy
parceiro eu odeio rótulos e tenho pena, dos que julgam um homem pelo dinheiro
e eu nem gosto de me expor, exponho a verdade, meus pensamentos
nem ligo pro que falam, eu sou -ssim desde pequeno
reclame menos, viva mais, respeito e atitude, é, não espera acabar o tempo pra dar valor à sua saúde
deus pode até te ajudar, a gente sempre erra, se esquecer o seu orgulho e fizer a prece da forma correta
e tu já parou pra pensar que a tecnologia é magia pros homens das cavernas
e qualquer luz é um paraíso pra quem tá nas trevas
e o ser humano é incrível, a cada geração mais perigoso
um animal inteligente, surpreendente, nada é impossível
sem sentido, mas sentindo algo fortalecer, algo me pedindo pra enviar a mensagem até você
uns tem que se inspirar pra fazer aquela rima esperta
eu tô sempre inspirado, pego na caneta e ela desperta

(refrão)
e eu piso nas regras, nada me abala, risco as velas, desvio das balas
mas ainda procuro a fórmula mágica, ainda queremos ser imortais 2x

uma forma concreta quero enxergar, emergindo do triângulo
uma porta aberta de outro lugar, ressurgindo de outros anos
janela secreta, milenar, a chave, uns chamam de demônios os anjos
quantos profetas terão que enviar a mesma mensagem de outro ângulo
unir, unir esse povo perdido na escuridão
guie, guie-nos numa nova história de paz e união

(refrão)
piso nas regras, nada me abala, risco as velas, desvio das balas
mas ainda procuro a fórmula mágica, ainda queremos ser imortais
e eu nem mereço tanta luz, porquê fui escolhido pra iluminar?
eu mesmo me pergunto, como é que eu posso te salvar

sou humano, demasiado humano, preciso do seu engano
pergunta sem resposta eu respondo, cê quer a verdade, um consolo ou um conto?
e se eu vejo esse mortos em sonhos, porquê não existem? eu suponho…
confusão da mente, um segundo plano, ou seria esse quando eu acordo?
e o que cê faz pra preencher o vazio da grama mais verde do vizinho?
do teu pai, quem é o teu amigo? e no final todos morrem sozinhos
criamos deuses à nossa imagem, é mó viagem, materializo os meus desejos como miragem
satânicos enrustidos, infiltrados na igreja, nos filmes, na música, em sublime mensagem
não acredito em bruxaria pra mudar a minha trilha, a virtude que o mago valoriza é a vontade
e se eu afetei minha memória, eu vou rir da mesma coisa toda hora
e de linhagem em linhagem o saber é p-ssado, embarcações que atracam igual naves pousaram
e o céu estrelado rodeia o homem e sua arrogância
e na dança da vida, quem não dança, dança, quem não avança, cansa, perde a esperança
mas lá no fundo há lembrança, e à sorte o destino lança
ao mundo eu deixo de herança, caçando um sonho de criança

(refrão)
piso nas regras, nada me abala, risco as velas, desvio das balas
mas ainda procuro a fórmula mágica, ainda queremos ser imortais
e eu nem mereço tanta luz, porquê fui escolhido pra iluminar? não sei…
eu mesmo me confundo em meio à matéria, como eu posso te salvar, então…

- matheus meireles

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