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letra de manifesto - matheus coringa

[matheus coringa verso]

entre o cringe e o grunge
o nirvana ou rouge
kamehameha e ragatanga
a balaclava ou a fama é uma adaga de 3 pontas
ou meu dedo do meio?
direciono a polícia e quem reside em seu meio
é, eu nunca me kahlo, minha mãe é frida
soa comonuista, sou mais anarquista
acredito em bombas, pouco em hare krishna
fé nos black bloc, block nós fascista
tu tá me tirando? odeio tiranos
nunca tive idols, todos mesmo plano
a vida é muito louca mas louco quem normaliza
receio em complicar porque os bobo não pega a brisa
vê se na c-n-liza o cháckra no papel
escrevi dentro de casa pra ser julgado em réu
cortaram as minhas asas por reclamar do céu
seria o livre arbítrio a nossa torre de babel?!
vocês não entendem, eu odeio rimar verbo
cheio de wanna be, eu só quero usar o cérebro
não mastigo lorota, essa lírica hipnotiza
vomito na sua cara pois no fundo ce precisa
limpe seu intestino, rap serotonina
mas em doces altas vicia igual heroína
coringa e 2d, excesso de dopamina
dawmata nos beat, orquestra divina
[2d intocável verso]

dentre a fumaça o milagre
destino joga o baralho
proucuro o último acerto
deck do milênio no braço
adagas e abraços juntas quase sempre
eu tomo cuidado
entre o meu bolso e o isqueiro
pensando além do que falo
veja que bonito esse tempo nublado levo meu fardo as 12 do frio mais gelado
um paco de ceva e esqueço que to preocupado com o nada
3a crise mundial da droga na rua de dentro
eu creio que isso é fase
rompendo a disputa de ego
jogo dos 7 erros não passa batido
olheiro na esquina te flagra e monta a armadilha
não faço o tipo que rima sem direção porque meu estilo é mostrar pouco
assunto é luxo
que o relógio puxa eu cubro apostas sem ter calculado dano
cassino aberto a saída secreta é longe
a cidade não espera eu resolver dilemas clama por mais rima e o dawmata me chamou anteontem
música vinga e mata quem não tem fio na navalha deita barba feita 26 de idade quilates reluzem no meu peito
joias falsas brilham como verdadeiras
vê esse truque de mágica?
abracazam eu sumo no meio do palco

- matheus coringa

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