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letra de sete facadas - maria joã£o & mã¡rio laginha

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ã”xente vou lhe contar e pr-nto
bem que eu nã£o queria, ou talvez intã© quisesse
uma coisinha me soprando nos ouvidos
prã¡ eu nã£o falar muito, prã¡ falar
prã¡ nã£o falar nada, prã¡ mim calar de
mas voc㪠a㭠insistindo, me perguntando
me deixando doidinho das ideia
e olhe xente vou mesmo lhe contar
e pr-nto vamos deixar de entrementes
e entreguemo-nos aos finalmente de uma vez
eu nã£o sei, nem quero lã¡ saber
quem esfuracou o sacuri adoniram
naquela noite de 9 de janeiro de 1900 e tal
no bar do portuga serafim
sã³ sei que o adoniram guinchando feito
um porco se acabando pelo chã£o
arrebentou para sempre com a minha boa vida
pai de santo bem avisou: tem cabeã§a de bode enterrade
nesse chã£o, precisa botar uma garrafa de cachaã§a
na porta e pedir prã¡ entrar, nã³s pensemo e tal e
acabamos nã£o pedindo coisa nenhuma
e todos os dias a gente se emborrachava
com a dita cuja cachaã§a
atã© que um dia sem aviso nem prã© aviso da coisa
apareceu por lã¡ uma tal de otalã©cia
mulher de bom feitio, anca larga e coxa forte
que comeã§ou logo dando pinta a todo o mundo
rico pobre, preto ou branco, surdo, aleijado ou corcundo
intã© deu pinta a cachorro que nã£o era muito imundo
isto falou depois o juvãªncio e intã© o escreveu
mas estava eu dizendo
a dita criatura tinha os seus argumentos bem ã vista
mexe daqui sacoleja dali
e foi descendo uns calor pelo pessoal todo
botando pai contra filho, irmã£o contra cunhado
deus e o diabo tudo junto
numa tremenda duma confusã£o vich
e sem se saber bem como explodiram os palavrã£o
brilharam os facã£o, alguã©m querendo matar meu ovo
desproteger-me as retaguarda
quando de repente se ouviu um grito de morte
e pr-nto, foi-se o adoniram! furadinho sete vez
e foi -ssim minha gente
nã£o ficou nem um banquinho de pã©
apareceu logo a policia
levou todo o mundo em cana e eu junto com eles
um cara dizendo que fui eu que matei o morto
eu protestando minha inocãªncia
de qualquer forma eu protestando e veja lã¡ vocãª
nã£o ã© que me prenderam, acusaram, julgaram
e me convenceram da autoria do sucedido?
e aqui me tem vocãª, eu mesmo, o prã³prio
presente, em pessoa, pessoalmente
lhe contando minha histã³ria
a tal que eu nã£o queria contar ou talvez intã© quisesse

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