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letra de fui cagar ao cemitério - manuel das nespras

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[verso 1]
fui de noite ao cemitério
e pisei as campas todas
gritou de lá um morto
talvez um dia te lixes

[refrão]
fui cagar ao cemitério
debaixo de um arvoredo
gritou-me de lá um morto
tu tens um cu que mete medo

[verso 2]
fui cagar ao cemitério
numa noite de orvalho
gritou-me de lá um morto
vai lá cagar para o cascalho
pus-me a cagar de joelhos
para não borrar o capote
levantei-me e dei três peidos
fiquei nas ânsias da morte
(ai cum caralho)
quem diz que o cagar custa
de certo nunca cagou
farto de me cagar para vós
nunca o cagar me custou (arrufa-lha)
pus-me a cagar e caguei
ao bar das enferraduras
nunca na vida pensei
de cagar coisas tão duras
fui de noite ao cemitério e passei por um pinhal
era de noite e na vinda
pus um pé no cagaçal
puxei pelo autoclismo
o cagalhão estremeceu
deu duas voltas à pia
disse-me adeus e desceu
mesmo atrás de um penedo
também serve p’ra cagar
quando o cagalhão está duro
fica o cu a fumegar (é cum carago)

[refrão]
fui cagar ao cemitério
debaixo de um arvoredo
gritou-me de lá um morto
tu tens um cu que mete medo

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