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letra de aos originais - mantrax

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[elicê]

meu corpo em terra firme
minha mente lá no alto
antes era só no morro
e agora nós domina o asfalto
vem playboy alienado
que tá rolando quadrado
mas é melhor não dar mole
que, se não, tu vai pro saco…

essa é a era da sombra
mantrax no jogo, isso é minha vida
eu não faço por onda

mas tem uns caras
que quer falar que é moda
mas gastar saliva não vai me atrasar (não!)

o melhor sempre incomoda
tô fazendo história e continuo lançando som foda

sem pac nem b.i.g., mano
se ligue!
o crime não é supercine (porra!)

chega devagar, playboy! levanta a blusa
o teu pai tem preconceito, mas é com nós que tu arruma o que tu usa

eu tô pra fazer rap e ganhar dinheiro
eu vou mover a cultura, o hip hop e o gueto

eu desci pro asfalto, eu vim fazer meu som
e mostrar que, de onde eu venho, tem muitos que têm o dom

eu tenho meus contatos
se tu é ruim, eles são pior
e não deixam eu me envolver porque com o mic eu sou o melhor

[refrão]

mantrax. isso é mantrax. isso aqui… é mantrax!
mantrax. isso é mantrax. isso aqui… é mantrax

[diálogo – elicê]

porra…
na moral, isso aqui é mantrax!
aos originais. sem forçar, por favor!
cada um na sua. cada um sabe a sua verdade
na moral… dá o papo, g!

[g]

escuta o recado e anota
pensa muito antes de falar que é moda

nosso som é foda!
entrou pelos ouvidos, chegou na sua mente, tu logo se choca

bater na sua cabeça igual bato uma bola
fazer relembrar os meus tempos de escola

que eu batia em um otário feito você
nesse espaço de tempo, nasceu o mano g

tua família vai chorar quando for saber
mexeu com o cara errado, eu botei pra foder!

eu sou sujeito homem, meu caô vou resolver
“qual foi” foi ontem, o bagulho é “qual vai ser”

tô com o beck, porto cap e nos “clap clap” meto um bom rap
só não esquece. padece e apodrece
não adianta fazer prece, não… (não adianta fazer prece…)

não tenho que segurar sentimento
me importar com quem não paga meu alimento

eu me sustento, o rap me ajuda
não vou abaixar a cabeça pra qualquer filha da puta

repara que o papo é direto e reto
tô de cabeça erguida e sempre ereto

perseguido eu já nasci. demorô!
racionais que foi meu livro, então fechou

[refrão]

[diálogo – g]

maluco… na moral… infelizmente, só ouço o nome de um bairro
nada contra, mas… aqui do meu lado também tem rap do bom
qual foi, cabelo?! mostra pra eles mais ou menos como é que é

[cabelo]

ideais estéticos
flows patéticos
letras vazias
versos caquéticos

tentam transformar o errado no certo
em vez de somar, dão uma de esperto

e saem de perto quando alguém precisa
pra não am-ssar nem suar a camisa

um pela vaidade, dois pela ambição
três pela fama, zero pela missão

nenhuma noção de corporativismo
isso não é mensagem, isso é vandalismo

estupidez personificada
mal mixada e masterizada… piada!

nos resta fazer um som diferente
com menos sangue, menos morte, menos deprimente

que tal falar de mulher e drogas lícitas?
de forma subliminar, até explícita

sei ser cômico, irônico
eufórico, biônico
metafórico… tipo um cogumelo atômico

deixando minas atônitas, irmãos espantados
uns criticam a porra toda, outros ficam admirados

não rimo por ouro e prata, também não rimo de graça
quem vai pagar nossas contas se só rolar show na praça?

gasto a onda do meu jeito, não copio estilo algum
pratico o “um por todos” sem mendigar “todos por um”

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