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letra de prelúdio - mandarinas

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[verso 1 – mayk]
expando meu próprio universo
expondo meu lado inverso
os olhos enganam
e o homem é perverso
tirando a aparência em excesso
o que fica é o resto
e o que resta eu confesso
na verdade eu detesto
quando se olha pra dentro
há vestígios demais
desse meu eu paralelo
com as roupas secas
imerso
comparado a lá fora
aqui é tão quieto
infinito, bonito e incerto
e silencia os demônios por perto
disputando espaço com insetos
com os pés a tropeçar no concreto
lembro de seus machucados abertos
vozes vem sem motivo certo
e elas dizem que tá tudo bem
e são as próprias a me lembrar
se não procuro nos cantos da vida
eu nunca acharei meu lugar
travo no próprio olhar no espelho
o motivo não é aquilo que vejo
mas sinto e decido
não volto com nada menor do que almejo
medalha de ouro em arremesso de peso
só pra quem quer viver leve
me abstenho de tudo que sou
qualquer coisa não serve
permeio o espaço-tempo
em busca de cacos
fatos perdidos
e guardo comigo

[verso 2 – denis]

memória placebo
história eu bebo
luta espúria
agulha que fura eu já não percebo

a glória que pende
amor que se vende
vende a saudade
vaga ilusória da liberdade

pobre capricho
n0bre resquício
a quebra da foice na hora da morte
é fictício

e a vida cobra fi
mente e finge que eu não te vi
corre que eu não tô aqui
talvez me iludi

em casa na caça
memória placebo
linhas em alto relevo
lembrando de cada tropeço

traços ilesos
trama sem endereço
história espúria
que bebo num terço

meu karma eu invento
a lua me guia
meu santo é forte pai a alma vigia
como tio sam vigia os coiote, pai

[ponte – denis]

nas águas do nada, hã?
nos tempos de tudo, é?
zé!
pertenço ao futuro (x 2)

[verso 3 – eduardo]

atravesso travessas avesso ao avanço do tempo, eu vejo
no presente efêmero eu fervo o atraso e todas as trancas
ações de criança, cheias de manha
mesmo quando destravo ferramentas de artifícios e de artimanhas
me deslocando mais uma vez por tantas cenas estranhas
entranhas repletas de aranhas e véus
meu lugar no céu
onde danço com víboras e bebo do mel
explodo babel
corrijo os erros em diálogo com cada um dos demônios
o tabaco, a seda e o gosto das gotas quando você não vem
os gestos que reconheço em trajetos que me fizeram refém

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