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letra de liberdade de viver (com cat petrucci) - majestic t.k

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[refrão]

se um dia acordares sem força, só tens de acreditar em ti
e se parares e olhares em volta, vais ver que nunca estás sozinho
caminho na direção da luz em busca do melhor pra mim
cada corte torna-me mais forte e eu sei que é melhor -ssim

[verso 1]

se vires o empenho do meu treino percebes porque é que eu ganho
insurjo-me contra este estado que piora a cada aniversário
os meus pais crêem na vitória, consolam-me desde o berçário
dizem que batalho comigo própria por não ter adversário
talvez seja verdade, quem me dera que fosse mentira
talvez seja o meu fado, talvez mereça esta sina
se já não há volta a dar, marcho de cabeça erguida
tento acender uma luz na alma de quem já não vê saída
sou fora de série na busca do que eu quero, sincera e frontal
há dias nos quais eu só desejava ser normal
mas se o caminho ideal foge temos de ser nós a traçá-lo
enchi-me de garra e ambição e trouxe a medalha para portugal
fui rodapé no telejornal mas manchete para quem me ama
conjuguei uma força sobre-humana com resistência queniana
para mostrar que o que nos define não é o físico, esse engana
e se eu consegui esta etapa também consegues viver sem drama
no apogeu, sabe deus o quanto considerei a eutanásia
por não ter paz nem intervalo entre cada fase
leio a bíblia e o corão sem-n-lmente e absorvo cada frase
acredito que deus deu-me o presente, o futuro sou eu que o faço

[refrão]

se um dia acordares sem força, só tens de acreditar em ti
e se parares e olhares em volta, vais ver que nunca estás sozinho
caminho na direção da luz em busca do melhor pra mim
cada corte torna-me mais forte e eu sei que é melhor -ssim

[verso 2]

deitado nos ci o tempo urgia, no recobro pós-cirurgia
chamo vozes que oiço, dores no corpo, quero algo que as extinga
a minha existência é como a vida: mais curta que comprida
mas a setralina teima em interpor-se entre mim e a saída
insuficiência cardíaca, talvez seja por amar demais
talvez seja por amar-me menos, talvez seja por fumar demais
se pergunt-ssem em criança onde me veria nunca responderia hospitais
pergunto-me se alguém sentiria a minha falta se deslig-ssem os sinais
no repouso oiço um idoso a rejubilar de alegria
após uma quinzena iria pra casa e poderia rever a família
viveria o resto numa casa modesta com o amor da sua vida
se vissem o seu sorriso entenderiam a força que me transmitia
ele com 78 e a encarar o mundo com novo fôlego e paixão
e eu tão novo e ansioso pelo silêncio do caixão
entrei sem vontade de o ser, mas hei-de voltar são
saudar com um abraço os que cá estão na saudade dos que já não
quando cheguei a casa foi como se já lá não entr-sse há séculos
nem acreditava naquele momento como se sonh-sse de olhos abertos
a minha esposa abraçou-me, eufórica pelo meu regresso
e prometi aos meus pais que não partiria sem lhes dar netos

[refrão]

se um dia acordares sem força, só tens de acreditar em ti
e se parares e olhares em volta, vais ver que nunca estás sozinho
caminho na direção da luz em busca do melhor pra mim
cada corte torna-me mais forte e eu sei que é melhor -ssim

[verso 3]

sou órfão desde nascença mas tento não pensar muito nisso
os rapazes do orfanato relembravam-me para me privar do sorriso
disseste que gostavas do bruno? ugh, és tão esquisito
bem-vindo à terra da igualdade, onde és livre de ser oprimido
sempre me senti mais feminino, nunca me entendi com este corpo
talvez liquide este, talvez precise de outro
submeti-me a intervenções dolorosas em busca do meu conforto
e agora adoptei uma menina, não é minha mas é como se fosse
ela disse que lá na escola as crianças falam de mim e gozam
querida a lagarta antes de ser borboleta p-ssa pela metamorfose
a vida que temos pode não ser perfeita mas é a nossa
a s-m-nte tem de romper a terra para nascer a rosa
e tu és a rosa mais linda, como eu te amo
devemos respeitar os outros mesmo quando não nos aceitam
a ignorância cria raízes que só a experiência ceifa
podem-te golpear o tronco, mas nunca os deixes ver a seiva
eu sei mãe, responde-me a íris enquanto lhe beijo a face
hoje o teu pai leva-te à escola, «bruno, ela está quase!»
sim, o mundo mantém sempre o seu eixo por mais que rode
e chamei-lhe íris porque nela vejo o reflexo de um mundo melhor

[refrão]

se um dia acordares sem força, só tens de acreditar em ti
e se parares e olhares em volta, vais ver que nunca estás sozinho
caminho na direção da luz em busca do melhor pra mim
cada corte torna-me mais forte e eu sei que é melhor -ssim

[verso 4]

desde que o meu pai nos abandonou, condenou-nos à felicidade
sei que é confuso mas vou tentar fazer um resumo para explicar-te
ao início foram sacrifícios, a recompensa só veio mais tarde
a dispensa dispensa-se quando há esc-ssez alimentar
parece que toda a conta aqui vem dar, desesperado, vendo arte
exausto por protestar contra os tiranos que tentam vendar-te
todas as noites tinha de arranjar as janelas que o vento abre
até que perscrutei uma oportunidade e resolvi aventurar-me
desde terra idade que conheço a precariedade entre trabalhos
a comida chegava para dois mas tinha de dar para mais
agora tenho uma empresa com mais de quinhentos empregados
e o facto de ter nascido na pobreza põe-me a par das dificuldades
defendo a justiça e integridade porque sei que elas são esc-ssas
e sei que a bondade que lhes dedico reflecte-se nas suas casas
não faço distinção entre s-xos em cargos ou salários
ouvi uma rapariga dizer na tv que o futuro és tu que o fazes
um rapaz que conheci disse-me pra viver cada dia com paixão
então casei com o meu melhor amigo ainda antes da sua operação
superámos a discriminação e adoptámos uma menina
o que importa na viagem não é como se inicia mas como termina

[refrão]

se um dia acordares sem força, só tens de acreditar em ti
e se parares e olhares em volta, vais ver que nunca estás sozinho
caminho na direção da luz em busca do melhor pra mim
cada corte torna-me mais forte e eu sei que é melhor -ssim

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