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letra de avante pt. ii - livrai-nos

letra de “avante pt. ii” com livrai-nos
[verso 1: dé]
as vezes é bom estar consigo memo
memo que você não encontre os mesmos nós
e de nós um só contesto
preço, o mantimento, a comida na mesa
é que todos vão tá lá quando chegar outono
já é o nono que me fala, parça, você precisa do amor
mas na sala sentado nem as paredes me entendem
queria conversar com a sombra mais estava no escuro
oscilar dez vezes pra entender
que a resolução de você é você
quem nunca apanha, nunca ataca
e já não têm sentido a palavra vencer
criativa maldade nessa criatividade
criatividade hoje é criar vaidade
egos maiores que de golias
na terra perdida quem é da via acaba com a folia
vai tomar no copo pra saber que nada muda
o que me toca nada muda
é minha coroa sair ás quatro horas, a idade avançada
o busão lotado e embaixo de chuva
cê quer razão por eu tá vivo?
é o meu cérebro a intuição
cê quer motivo pra viver?
sua mente é sua manutenção
cê quer motivo pra eu tá vivo?
é o cérebro a intuição
cê quer razão pra eu viver?
é o cérebro a intuição

[refrão: mazinho]
não vou ser só mais um refém desse sistema
que manipula, estipula, aquilo que eles querem que sejam
espelho, espelho, meu, vê se diz pra mim, daqui alguns anos
quais os planos? explana que eu quero que eles vejam
eu não vou ser só mais um refém desse sistema
que manipula, estipula, aquilo que eles querem que sejam
espelho, espelho, meu, vê se diz pra mim, daqui alguns anos
quais os planos? explana que eu quero que eles vejam

[verso 2: fumaça]
maus olhares fazem parte
de um universo que nos cerca a vida toda
se o campo é minado, quem tem caminhado
contra morte explodiu á toa
gps nenhum faz a trilha que nois segue
brecando o sistema sem freio abs
o trecho que se p-ssa nunca se esquece
o progresso eu sei que vai constar
sou mais um preto suburbano que veio pra incomodar
topo do monte midiático é o fascismo
sigo anarquista flutuando sobre o abismo
despencam-se exilados, que tem pra esse lados
deixam a cultura de lado e te deixam descomunado
eu sigo, descomungado pela pátria amada
que esquece dos seus filhos, nessa terra gerada
a melhora virou tendência
meu pais já me diziam: “idade gera experiência”
quando me calei, aprendi
que a observação é o segredo da ciência
ativei a retina
a inveja que eu enxergo já faz parte da rotina
se a vida é tão cretina
me livrei do carrasco que operava a guilhotina

[refrão: mazinho]
não vou ser só mais um refém desse sistema
que manipula, estipula, aquilo que eles querem que eu sejam
espelho, espelho, meu, vê se diz pra mim, daqui alguns anos
quais os planos? explana que eu quero que eles vejam
eu não vou ser só mais um refém desse sistema
que manipula, estipula, aquilo que eles querem que eu sejam
espelho, espelho, meu, vê se diz pra mim, daqui alguns anos
quais os planos? explana que eu quero que eles vejam

[verso 3: mazinho]
todos gostam do cheiro das flores
mas poucos põem a mão pra cultivar
são tempos atuais onde tudo vêm fácil
não basta se olhar no espelho pra poder se enxergar
faço isso aqui já tem uns anos
não é só meu fardo que eu carrego
são todas as dores dos amigos meus
e pra esse bando de cuzão eu não arrego
hoje eu ando mais maduro
muito mais pé no chão
vi que não adianta cabeça nas nuvens
se um dia eu cair é queda de avião
não é por grana, fama, que eu entrei na trama
xana ou placo de cem
cê descreditou nem preciso provar que pra mim
o que importa é ver meu filho bem
e me fizeram acreditar que tudo era distante
vi falsos amigos e apertos de mãos
mais na hora do aperto
sumiram num instante
cheguei na conclusão que o aprendizado vale mais
toma rajada de disposição
que o corpo é fechado
e eu ganho no semblante
ei, filho da puta nem vem roubar brisa
que a três anos atrás eu nem me conhecia
mas sabia onde eu ia chegar, e confesso, ainda não cheguei
mas eu tô no caminho e nem vou te contar
se não você vai querer o que eu tenho também

- livrai nos

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