letra de feito alpargata - lisandro amaral
vou encerrar-me em meu canto
– vestido de serenata -,
em que cada olho de china
que me vem feito alpargata…
já que não tive potreiras,
perfeitas para o pé torto,
adormecer n’algum rancho
e acordar menos morto.
quem nasceu para ser “perro”,
“cimarrón”, cresce e caminha…
pelo ouriçado de tempo,
com cicatrizes de rinha.
já que o rigor rengueia
e ando longe do estrivo,
vou encerrar-me no canto
onde adormeço e ainda vivo.
quero guitarras luzindo
na escuridão do meu pranto;
em cada pelo de crina,
a claridade do canto.
já que não tenho potreiras
pra ensaiar serenatas,
troquei alianças com a lua,
que me aceitou de alpargatas…
quem nasce pra ser matungo,
basteriado, geme ao tranco…
casco quebrado de pedra,
acostumou-se a ser manco.
já que adormeço – sem rancho,
parido pro desconforto -,
vou encerrar-me cantando
e anoitecer menos morto…
vou encerrar-me cantando
e anoitecer…
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