letra de escombros - kyra_mc
[letra de “escombros”]
[verso 1]
para quem vive à superfície nem com a “confissão de lúcio”
te aparece o fim do vício que se apressa a pôr-te lúcido
nesta terra… – precipício propício a ver-te estúpido
caindo no fictício ouvindo a fé de lucy
mas há quem viva à margem – um pé dentro e o outro fora
sei que há lugar para todos, nesta caixa de pandora
só resta a esperança porque o resto se evapora
até ao dia em que o medo feito grego te bate à porta…
e aquilo que te hidrata eu não te aconselhava
(deita fora) outrora aquilo que bebes saciava
quem no dia praticava um ato tão insólito
de olhar para a profundeza como um pacto diabólico
eu vim do fundo defunto, de facto eu tive
num mundo obtuso que no fundo até o cume é triste…
mas há que abrir janelas enquanto o granizo bate
(trancas na réstia de cultura que procura um crizo na arte)
mais peace… parte de quem não teve, um colo de prata
e cresceu a ouvir verdades achando que a vida é só ingrata
eu sei bem o que isso é, quiçá, a minha palavra
dependa da frustação que em puto me aguardava
[refrão]
estilo umrap na casa vindo bem dos escombros
eu li tantos nomes, e vi tantos “comos”
que na verdade não faz sentido ser aquilo que somos
e onde pertencemos – toda a arte é fraca pelos olhos
estilo umrap na casa vindo bem dos escombros
eu li tantos nomes, e vi tantos “comos”
que na verdade não faz sentido ser aquilo que somos
e onde pertencemos – toda a arte é fraca pelos olhos
[verso 2]
um presente para quem se apresenta efémero:
– derrota vira morgue sem suporte
eu trago de volta um novo inverno…
ofereço sangue a chuvas, ruas ficam submersas
nessas curvas, onde ocupas parte do teu império…
e como freud disse: – “s-xo é terapia”
então eu fodo cada batida e dou à luz uma nova vida
vinda (oriunda) corcunda sem termo à vista
término é para fracos, de facto só paro quando vir conquistas
não vim para dar nas vistas, vim para dar em rimas
as minhas linhas são nazca
– “se estás com a estrica é culpa minha”
assumo o cargo de educar-te – arte é bem vinda
confuso o facto de importar-me com a tua sina
há quem descarte ensinamentos, não te elucidas
que a palavra dum mortal é um portal para a sabedoria
e debatendo sobre a escrita, o sentido é que ela é escura
e ofusca cada luz que penetre a tua grafia
[refrão]
estilo umrap na casa vindo bem dos escombros
eu li tantos nomes, e vi tantos “comos”
que na verdade não faz sentido ser aquilo que somos
e onde pertencemos – toda a arte é fraca pelos olhos
estilo umrap na casa vindo bem dos escombros
eu li tantos nomes, e vi tantos “comos”
que na verdade não faz sentido ser aquilo que somos
e onde pertencemos – toda a arte é fraca pelos olhos
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