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letra de treze anos, nove meses - josé mário branco

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[estrofe 1]
deixa-me encostar a cabecinha
que sou pobre como job
deixa-me chamar às vezes pela mãezinha
e aprender a ficar só

[pré-refrão]
começar a contar
branca a branca o nosso amor
sem fintar, sem temor
filho a filho eu te amaria
mais o pão de cada dia

[refrão]
às vezes melhor, outras vezes pior
fomos acertando o pensamento
e a vida lá fora
é que nos dava a cor
p’ra pintar o amor
que estava dentro

[instrumental]

[estrofe 2]
deixa-me enterrar tuas raízes
no meu corpo de água e sal
deixa-me não ouvir bem o que tu dizes
quando não leste o jornal

[pré-refrão 2]
começar a contar
hora a hora tantas vezes
treze anos, nove meses
gesto a gesto eu te amaria
mais o pão de cada dia

[refrão]
às vezes melhor, outras vezes pior
fomos acertando o pensamento
e a vida lá fora
é que nos dava a cor
p’ra pintar o amor
que estava dentro

la-la-la-ri-ra…
[instrumental]

[estrofe 3]
deixa-me sentar numa cadeira
e descansar a teu lado
deixa-me gritar cá à minha maneira
que eu grito sempre calado

[pré-refrão 3]
começar a contar
um a um os companheiros
os de agora, os primeiros
mão a mão eu te amaria
mais o pão de cada dia

[refrão]
às vezes melhor, outras vezes pior
fomos acertando o pensamento
e a vida lá fora
é que nos dava a cor
p’ra pintar o amor
que estava dentro

- jose mario branco

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