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letra de zero ego - fuse x khronic x mundo segundo

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[letra de “zero ego”]

[verso 1: khronic]
nascemos do tamanho dos conflitos
e dos demónios que perturbam o nosso espírito
além da essência
toda a aparência é posta em questão
diante da crise da existência
vai vendo
mesmo quem pratica o desapego
experimenta o desconforto, p’ra seguir, confronta o ego
é como se acessasse a um canto inacessível
todos temos um lado sensível
uma outra face, que vem à superfície
diante do confronto, o seu acesso é imprescindível
tantos princípios, quantas crenças limitantes
com os quais desformataram, sе tornam determinantes
na fasе adulta dos relacionamentos
o amor é cego
mas ter sempre e sobrevive a julgamentos
além da morte, a única certeza é que a mudança é permanente
e o mundo julga o que não compreende

[refrão: mundo segundo]
nesta selva animal, é cada um por si
cataclismo social, eu não me converti
minha fé é no ser humano, eu não perdi
mas o ego deixa-te cego, isso eu reconheci
nesta selva animal, é cada um por si
cataclismo social, eu não me converti
minha fé é no ser humano, eu não perdi
mas o ego deixa-te cego, isso eu reconheci

[verso 2: mundo segundo]
lutar contra o próprio ego não é fácil
mas é a forma de manter a sanidade
e a paz de espírito hábil
não frágil, retrátil, contra a mente volátil
não fútil, subtil e útil
em versos versátil
vibrátil, o egoísmo vai longe, mas chega lá sozinho
pior com uma cruz no caminho
prego ou coroa de espinho
crucificação do estigma do individualismo
informação fidedigna revela falso altruísmo
cataclismo social, pandémico, é cada um por si
e a força do mal sistémico é p’ra não dividir
desinformação, alibi
perfeito que divide povos
os costumes já são velhos, defeitos que herdam os novos
o azar dos corvos e dos abutres que pairam
à espera que corpos faleçam, coletivos caiam
nativos que saiam do próprio solo onde nasceram
dividiram e conquistaram, mas nunca nos venceram
[refrão: mundo segundo]
nesta selva animal, é cada um por si
cataclismo social, eu não me converti
minha fé é no ser humano, eu não perdi
mas o ego deixa-te cego, isso eu reconheci

nesta selva animal, é cada um por si
cataclismo social, eu não me converti
minha fé é no ser humano, eu não perdi
mas o ego deixa-te cego, isso eu reconheci

[verso 3: fuse]
dramaturgo lírico com equidade acústica
no tímpano [dínamo?] dlm inspetor mórbido
calma, vivalma, [?] e alma [oclusa?]
incorporamos a s-m-nte, mas a música é tua
a polaridade da humanidade hipócrita, pandémica
quem não aplaude o teu sucesso não merece a vénia
és sensível ao som, ou és sensível ao toque?
já ouviste o riso de um amigo a dar-te um corte na mão?
a razão desfoca a visão quando o ego se afirma
escondida termina como ébola na retina
presta atenção
tens mais uma chance
escuta os violinos do drama da tua vida, escreve o romance
a tua dor é como um túnel
agradece ao passares
aprende a caminhar na lava sem te queixares
de informação intencional, é racional projeção
tudo retorna para nós com a mesma intenção
o passado é um asfalto, já ardeu na tua vida
arrependimento é nada mais que um paladar de cinza
o ego, armadura que disfarça bravura
filtra a verdade latente numa aparente loucura
emotividade seletiva narcisista
enquanto a raça humana grava mais um tik tok suicida
cerra a rendição racional ao senso comum
eu tenho um bom pressentimento
não há ninguém como tu
[refrão: mundo segundo]
nesta selva animal, é cada um por si
cataclismo social, eu não me converti
minha fé é no ser humano, eu não perdi
mas o ego deixa-te cego, isso eu reconheci

nesta selva animal, é cada um por si
cataclismo social, eu não me converti
minha fé é no ser humano, eu não perdi
mas o ego deixa-te cego, isso eu reconheci

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