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letra de são francisco (cannaviaes) - fi barreto

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[intro]
“é… falar sobre o são francisco pra gente é a vida, né?!
então vou resumir o que seria a tua pergunta”

[refrão]
velho chico, deixe na rede os peixes
maria rosa, me espera na beira d’água
ela é poeta, mas não se come poema
meu juramento é não pescar na piracema
[verso 1]
de barro, feita a imagem de são francisco na jangada
joguei fumo e cachaça pro caboclo d’água
carranca espanta mau presságio para que não caia
na água doce, minha amarga pele queimada
minha rede pr-nta, o rio apr-nta se acordar à noitе
e as almas dos afogados olham tudo das estrelas
mãe d’água sai da água, еnxuga o cabelo
os peixes dormem no fundo, cobras perdem seu veneno
mangaba e catuaba, comércio tá tendo
esqueça suas dores, jogue elas ao vento
facão pra lobisomem, mais cachaça pro caboclo
um fio que sustenta a serpente na ilha do fogo
eu vou voltar pra minha maria e não me impede nem o cão
nem pirapora nem juazeiro, atentado de minhocão

[refrão]
velho chico, deixe na rede os peixes
maria rosa, me espera na beira d’água
ela é poeta, mas não se come poema
meu juramento é não pescar na piracema
velho chico, deixe na rede os peixes
maria rosa, me espera na beira d’água
ela é poeta, mas não se come poema
meu juramento é não pescar na piracema
[verso 2]
leva de moleque, o cerrado pra caatinga
no barro sob a água, na história que te brinda
és e como és um altar da natureza
seu chico, por favor, não me prenda em tua beleza
que a rede ainda é vazia, eu já tô quase na bahia
sob um chapéu quebrado que o sol tanto agredia
só com a rede cheia eu volta pra minha maria
e atraco ao cais da vila pelo amanhecer do dia

[verso 3]
que água de beber chegue ao cantil ligeiro
que sempre tenha peixe para um barranqueiro
ligado nas mudanças que a cultura é viva
não é menos brasileiro porque eu pus batida
atualizamos, não esquecemos de quem somos
cantamos para os que levam esse rio nos cromossomos
e ainda somos defensores do alimento desses lares
antes que a seca atinja todos os costeiros e insulares
francisco lê em braille e conta minas pra bahia
somando outras histórias de josés e de marias
e leva esse conto para pernambuco
rumo alagoas e sergipe, desaguando tudo

[refrão]
velho chico, deixe na rede os peixes
maria rosa, me espera na beira d’água
ela é poeta, mas não se come poema
meu juramento é não pescar na piracema
velho chico, deixe na rede os peixes
maria rosa, me espera na beira d’água
ela é poeta, mas não se come poema
meu juramento é não pescar na piracema

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