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letra de cenas soltas 2 - fabioxrafael

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o cidadão 1300151 de nome rott, é um jovem de tenra idade em estado de fervura com ele mesmo por tentar escapar da falsa felicidade da ignorância, com que todos parecem viver conformados com os pontos de interrogação impostos pela capital, que tem por hábito formatar os mais curiosos que nela vivem
rott sente-se bem com tudo e com nada, adora e detesta tudo ao mesmo tempo sendo a frase que mais ecoa na sua mente: “adoro estar aqui, quando é que vamos embora?”
chega o tempo gelado, frio e sombrio ao globo, condição climatérica que abre asas aos pensamentos mais depressivos, deprimentes e que deprimem ainda mais as mentes deprimidas
depois de um dia de escravatura mental no seu trabalho, rott, segue numa missão à procura do que o mundo esconde nas fendas. presunçoso na saudação aos contemporâneos da sua área de residência, começa então a sua jornada ao desconhecido seguindo o rasto do oculto pelo traço vincado da sua caneta bic. através de uma lírica forte, direta e concisa, rott, deixa mais espaço ao pensamento do que as próprias reticências que assinala divagando nos seus textos, tentando criar uma espécie de bíblia para os inconformados iluminados
todos o caracterizam como um jovem adulto perfeitamente normal, mais calado do que o habitual, mas de qualquer forma, normal. o que esta população não sabia era que rott utilizava a sua escrita como escape ao mundo que o rodeava, vivências de crime, drogas, armas, pouca esperança média de vida
no morrer da luz solar de cada dia, rott inicia o seu ciclo noturno um pouco mais leve, mas sempre com um peso acrescido na sua alma, por ter vivido mais uma vitória de ter escapado à capital e por ter de viver mais um dia derrotado na capital

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