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letra de real e verdadeiro - expeão

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[refrão]
não tenho aquilo que tu queres ouvir
só tenho aquilo que te faz sentir real
como tudo aquilo que me mata

não tenho aquilo que tu queres ouvir
só tenho aquilo que te faz sentir real

[verso 1]
só vejo vedetas, gajos caretas e popstars
já não me faltavam as trips com rockstars
eu não sou guna, sou um capaz rude
represento com atitude
às vezes escrevo para tocar lá no fundo
sentimento faz lembrar os beats do mundo
o que me está a matar
são esses falsos abraços
e adereços que fazem gajos parecem palhaços
quem nos rouba a credibilidade
são cópias de americanos sem integridade
eu preciso de fazer o meu plano
não preciso do vício dos riscos, falsos sorrisos
tenho amigos nas ruas, fodidos nas ruas
quando não há guito, gajos dão micos nas ruas
quando faço algum dinheiro, eu nunca desperdiço
porquê? porque eu sou verdadeiro comigo
vim das salas de ensaio até aos palcos mais altos da garagem
pr-nto para espalhar a mensagem
dealema, coros de contestação, é dealema interior revolução
eu venho de um lugar em constante degradação
histórias reais de cortar a respiração
já vi gajos na esquina a chutar cocaína
vi como a heroína te pode levar à ruína
vi amigos de infância entrar em decadência
esta experiência fez-me voltar à essência
lembrei vidas passadas
meditei nas falésias místicas e nas montanhas douradas
enquanto em ti vês um ídolo, em mim vejo uma alma
tu no fundo tens medo é de não ver a fama
medo que a rádio não passe a tua faixa
no fundo tens é medo de não ver a pasta, ei
[refrão]
não tenho aquilo que tu queres ouvir
só tenho aquilo que te faz sentir real
como tudo aquilo que me mata

não tenho aquilo que tu queres ouvir
só tenho aquilo que te faz sentir real
como tudo aquilo que me mata

[verso 2]
não tenho tatuagens nem o corpo furado
tenho um furo na cabeça e tenho um ombro largo
nunca deixei um amigo na rua a passar fome nem frio
tu podes contar comigo
desde cedo tive de ser o homem da casa
e mesmo assim quando o pai baza
por isso não me venhas com essa conversa da independência
se nem sequer pagas a tua própria despesa
eu preciso de pagar a renda
encher dispensa
leva-me a pensa, será que o crime compensa?
o que nos mata são promotores fascistas
que devem ao artista como [?]
editores criam barreiras entre os artistas
já para não mencionar todos os outros viagaristas
todos que querem dar nas vistas
mas no fundo não dizem nada sobre a minha vida
um gajo está a tentar levar uma vida honesta
trabalhar de segunda à s-xta
esta é para quem sente a pressão
sobra sempre [?] ao fim o dinheiro não há
alternativa senão partir o mealheiro [?]
não é vida para mim, andar a esgravatar para ficar teso no fim
preso neste ciclo vicioso
que me tira o andamento perigoso
e leva ao pensamento criminoso
depois não há bóias de salvamento
gajos veem custóias, só depois o juramento
venha a nós o vosso reino, esse é o refrão
que ganhe o melhor, esse é o refrão, eu não
[refrão]
não tenho aquilo que tu queres ouvir
só tenho aquilo que te faz sentir real
como tudo aquilo que me mata

não tenho aquilo que tu queres ouvir
só tenho aquilo que te faz sentir real
como tudo aquilo que me mata

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