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letra de emperfeito equilíbrio - enigmacru

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each:
rotas previamente traçadas não existem como dizem
a linha da minha vida são várias que se dividem
há opções que definem o que somos, outras não definem
há vários pontos de vista, a hipótese de novas linhas existirem
o futuro é imprevisível como somos
eu questiono os outros mas é sobre mim que as dúvidas incidem
são eles quem me julga

mas no fim das contas

não são eles que decidem

nem lidam com a minha culpa
orientei as escolhas segundo um sentido lógico
perdi-me no caos convencido que o fiz de propósito

questionei as respostas que a vida me deu

como se fossem menos verdade do que as questões que eu coloquei

e afastei-me deste sítio onde pertenço

infligindo dor no espírito

para que quando a sentisse no corpo não doesse

mas foi-me impossível desligar da realidade à minha frente

como se decidir fizesse só por si com que escolhesse

as coisas interagem entre si mutuamente

até que ponto sou influente nas decisões que tomo?

se os acontecimentos me transcendem como julgo

responsabilizo-me apenas na ilusão de que os controlo

o que penso é consequência do que vejo

até que ponto vejo o que penso?

o pensamento é redundante por si próprio

quando o calculismo induz a existência de uma margem de erro

inferior à dimensão total do espectro dos meus olhos

refrão:
considerando-nos uma recta que se define entre dois pontos
sendo eles ao mesmo tempo o início e o fim um do outro
interceptando-se entre todos
é isto que somos

chek:
se não sabemos o futuro, como é que definimos os erros
sendo eles tão relativos que até deixam de sê-lo?
constantes cruzamentos num determinado tempo são tantos
que o resto me parece nunca ter existido
este vazio não é nada mais nada menos que igual aos outros
apenas um fim semelhante com diferentes inícios
coloco hipóteses entre estes pontos onde me insiro:
como posso ser mais do que eu próprio sendo o mesmo indivíduo?
já não quero viver a vida dentro das minhas memórias
porque as coincidências transformam-se em paranóias
e afastam-se, levando-me a pensar que fazem sentido
até que a dor p-sse…
ao raciocínio e me leve dali…
a consciência tá mais pesada e o corpo leve
ainda -ssim tento procurar o que é mais certo p’ra mim
e volto atrás
tentando tirar conclusões sobre tudo
se calhar é esse o maior erro!
tenho tanto medo de mim próprio, que às vezes me precipito no escuro
porque a luz apenas se limita a dizer-me o caminho mais lógico
e seguro-o, seguro de que essa seja a melhor forma
deformando o meu caminho, formando uma linha nova
uma porta antes fechada, abre-se ao encontrá-la
será que devia empurrá-la?
o destino é uma incógnita
à volta das vossas palavras, ouvindo falar da minha vida
e não é o que dizem que me cala mas ela própria

refrão:
considerando-nos uma recta que se define entre dois pontos
sendo eles ao mesmo tempo o início e o fim um do outro
interceptando-se entre todos
é isto que somos

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