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letra de caluda, tamborins (ou de como o biltre do demo enredou na sua parlanda a trêfaga natércia) - eduardo

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caluda, tamborins, caluda!
um biltre meu amor arrebatou.
no paroxismo da paixão ignota
supu-la um querubim, não era -ssim.
caluda, tamborins, caluda…
soai plangentemente, ai de mim.

vimo-nos num ror de gente
e, sub-repticiamente,
o olhar seu me dardejou.
cáspite, por suas nédias madeixas
que suaves endechas
em pré-delíquio o pobre peito meu trinou.
fomo-nos de plaga em plaga,
pedi-lhe a mão cat-ta,
em ais de êxtase m’a deu.
e o dealbar de um amor
em sua pulcra mirada resplandeceu, olarila!

férula, ignara sorte
solerte a garra adunca
em minha vida estendeu!
trêf-ga ia a minha natércia,
surge o biltre do demo,
rendida à sua parlanda, ela se escafedeu.
vórtice no imo trago.
são gritos avernais
que no atro ódio exclamei.
falena sou, desalada…
ó numes ouvi-me: aqui del-rey!

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