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letra de bran - e.se (prt)

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[verso 1]
pesada é a cabeça e ainda leva a coroa
rei do fracasso e sou o primeiro que não perdoa
preso à pressão que ponho dentro e se amontoa
refém da expectativa que me espreme e sempre ecoa
ser a melhor versão da melhor pessoa
estar ao leme e no embate não largar a proa
na minha cabeça a missão que ressoa
lentamente cagar na boa vida e a vida é boa
são gritos de um louco lá do topo da redoma
e à minha volta eu sei que ninguém pede isso
mas inconscientemente acham que é o devido
duvido até que já se tenham apercebido
bran, aceito o pedido
e com isso tudo é tranquilo e já eu lido
parece natural e isso é o mais difícil
não escolhi a rota e vou guiado como um missil
rumo ao infinito nas paredes serei stencil
na pira acendam-me com o meu bloco e o meu pencil
queimo as ideias subo mais leve, mais fácil
mas para já não é tempo para luto
fatos negros no roupeiro que eu luto
cisnes negros puxo para mim são o meu grupo
na capela flutuam e eu ensino o culto
a diferença é bela não a tomem como insulto
pintem numa tela e exibam-na ao mundo
é bem mais único esse vosso submundo
do que expõem os falsos pioneiros
primeiros que te empurram para segundo
só te empurram para segundo se deixares
constróis a tua sorte se ignorares os azares
ases tenho e abro o meu jogo
canto por ti e para ti até ficar rouco
tísico para ti, para os outros fico mouco
metafísico, meto o físico na mente e no corpo
louco, bato, gancho a gancho
soco a soco abato o rancho que te circula e dá sufuco
desmancho, d. sancho afasto sempre esses mouros
arranjo para ti e para os teus serão vindouros
constranjo quem acha desporto espetar touros
esbanjo, a cura pago-a com os meus louros
sistemas venosos preparo todos esses soros
dias invernosos empresto casacos e couros
não tenho frio, se a ti te faço bem
congelo-me a mim se a chama te convém
pele de galinha mas sem medo de ninguém
não paro na jornada daqui até ao além
[bridge]
não paro, encaro, reparo
não páro, não paro não

tiro de mim para os outros
vivo de mim e de mim para os outros

[verso 2]
queres que repare mas tu partes
napoleão sou mira não sou bonaparte
não me preocupo onde ponho o meu estandarte
ponho-te a mesa e para ti é à la carte
descarte, talvez um pouco à frente do meu tempo
filosofo por desporto não é o meu sustento
lamento quem não leva com este sol na vida
cresce um rebento, cego, leigo na subida
só ganhas coragem entornado na bebida
em torno tem vida aproveita esse espectáculo
agarro-te a ele uso só mais um tentáculo
passo-te o know how ensino-te o vernáculo
mostro-te o futuro chama-me oráculo
blue pill, red pill
desvinculo o obstáculo
neo e morpheus sou o escolhido o pináculo
prometheus roubei a chama era crepúsculo
zeus perdoou-me e da humanidade sou opérculo
opero em cirurgias mais complexas do que quero
mas não vacilo, vi o silo bem guardado
arrombei a porta só para alimentar o gado
encho o papo, saque guardo
carrego com o teu fardo
arde saro, queda amparo
no voo de ícaro
gatopardo, sou leopardo
vou mais rápido do chita
fujam as gazelas o mais fraco não me excita
não é essa ganância que me aquece a barriga
não é essa conquista que me acorda e me motiva
ser melhor é o que me cativa
estás lá em cima com a face bem altiva
a alma apodrece porque está supurativa
deixa-me ir a tempo de uma abordagem curativa
salvar-te desse marasmo de forma combativa
mostrar-te que existe sempre uma alterantiva
curo-te com a magia da língua nativa
português suave que não toxifica
inala as palavras e a alma pacifica
aquecem-te por dentro e a mente dignifica
o propósito é digno e a estrutura solidifica

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