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letra de n.s.t.s - dj sims

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[verso 1: cachapa]
eu entro fácil no beat e roubo a jam
dica é clássica com bombas na sh-t, b
bomberman
se se aplicassem e não me olhassem para o d-ck
era onda zen
brinde aos broncos que não curtem das bombs
com que eu monto a pen
10 out of 24 a pensar na forma
como eu formo as tropas que tu não topas
só fofocas, não dropas dom
dás dó, mas não dropas com proper knowledge
e ainda me olhas mas se eu cuspo molhas-te, yo

[verso 2: yur1]
i’m a f-cking bala
que igual à tua auto-estima
nunca deu para andar à nora
até pôr os deuses sentados
não meto a fé no copo
não se iguala à tua auto esquiva
não cura quem vive à deriva
só fica farto de espaço
eu farto de pôr no play
componho mais uma obra
que esses rappers hoje em dia
são pitéu para dar às cobras
da velha à nova escola
viemos com as escolas todas
que aqui não vais ouvir “skrt”
no máximo um “tu ta fodas”

[verso 3: sobral]
estou de volta ao adultério
para que me leves a sério
os mais pesados da cidade
deixados ao teu critério
falo em mérito
podes vir com o bloco de notas
aqui o rap faz-se de rimas
não de botes e motas
calma tropa
se a cypher está pesada, reduze-a
falta só duas barras
então já cuspi meia dúzia
ouvi a rapaziada
na gera com a irmã lúcia
mas sou só mais um pastor
que reza por mais mentes púdicas

[verso 4: krazydread]
fala bem nha scratcher
krazy chegou à floresta
shimmy shimmy ya
para a tua f-cking education
deixo ao teu critério como queres que isto acabe
queres ficar com o mic
ou com a katana do kebab
eu sou sangue novo
diggety dan dan dan
eu bafo aquele conto
e conto como se faz
lionheart, van damme
fazemos o tratado da paz
e comi o beat todo
e ainda raspei o tacho

[verso 5: tchino]
evr ‘tá no mapa
viemos invadir sistemas
para espalhar esse tal vírus até queimar o cpu
‘tou ligado à corrente
e deixo brains estáticas
táticas que mato beats à velocidade da luz
‘tás a anos luz
nem que tu nasças num futuro próximo
tu não captas o propósito
nem que venhas com satélites
esse rap não tem asas
desliga lá masé as hélices
nós é faca na caveira
nevah é tropa de elite

[verso 6: bob o vermelho]
se eu ‘tou no topo
não é com o king kong no prédio
ping pong no tédio
a esticar dedo médio
não há remédio nem cura
nesta loucura de assédio
tu confere a fera à solta
‘tou na rota do mérito
eu sou bélico, gira a hélice
‘tou no jogo, saio do fogo
num fónix como a fénix
never neva como a fam disse
e se me apontas o dedo
não meto o befo nisso

[verso 7: vc]
eles vão queimar guita até verem uma nota preta
antes de aprenderem do que este ser se alimenta
no primeiro voo fiz o reconhecimento
hoje magoo-te com dores de crescimento
arte de mostrar desempenho
porque o meu conteúdo não é só dizer que o tenho
vais ouvir máquinas como álvaro de campos
mas fico no underground pois já lhe conheço os cantos

[verso 8: bicho]
quando parto, eu parto e fico grato
quando eu mato, mato bichos do mato
‘tou na casa
metam trancas no quarto
e atrás da porta, um guarda-fato
é só faltas de tato
notas e pegas de quatro
nah, tu nem falas de alto
não venhas molhar o caldo
vocês todos enforcados
nós já todos minados
este é o trato que dámos nesses mimados

[verso 9: lil rafa]
é assim que se faz aqui
isto é évora city
o simão fez granda beat
desta vez para mais de quinze
manos duros, da rima, manos puros
na rima que saltam muros desde putos
para fugir à rotina
siga, caneta afiada
métricas no ponto
e agora é ver quem gaba
de problemas faço quadras
quadras chamam cabras
clean’s e asseadas
a tática é tiqui-taca

[verso 10: osk]
reunião de rimas
rappers com astúcia
a provar quem é que dropa a maior bomba
tipo rússia
tusso, e a verdade cuspo-a nessa cara
acompanhado pelos graves
que abalroam a tua casa
atrasa o passo
tu não queiras ser um clone
a dar uma de al capone
fake tipo silicone
never stop the stone
e eu nem sei se tu entendes
a espalhar fumo na casa
com um motor a quatro tempos
nevahbrainz

[verso 11: pródigo]
sistema intravenoso
rimas bem malinas
já desde que tinha doze
provavelmente um acidente aparatoso
mas eu ‘tou à caça deles
tipo artur varatojo men
malas e estojos, boy vai tudo de rojo
‘tás de boca aberta
só vim para meter nojo
prova do castanho
ando aos papeis como o papillon
só para tu papares nesse cornichon

[verso 12: d.beat]
eles querem fazer de mim defunto
vim do fundo
vinho e fumo
adivinho o rumo onde isto vai dar
mas nem o ninho arrumo
vim numa de me instalar
e quem disse que eu não tinha sumo
é porque me ‘tava mesmo a ver de longe
e não mantinha o zoom
vim do texas para pôr a galinha ao lume
compor uma linha nova
a prova é que ela alinhavou-me
mantenho-me ali na zone
para sonhar com o trono
e não chegar ao cume
a vida toda a patinar no estrume
a perguntar-me como

[verso 13: brazza]
quer falar de rap, dread?
há quase quinze eu ‘tou matando tracks
já ‘tou na fé, não o filipe ainda nem tinha o ret
muito antes do papatinho chamar os muleke
já faço rap e tu ainda nem sabia o que é que era
agora o papo é reto
rebenta ou sai
porque original sou, você é só um bonsai
‘tou correndo atrás do meu
p’ra ver se algo bom cai
e assim meu filho aprende
a noção de ser bom pai

[verso 14: silva g]
hoje eu sinto que sou capaz
de correr sem olhar para trás
só p’ra tentar ter paz
para enterras as coisas más
se eu for contar com gajos
que ‘tão a apontar polegares
minha conta fica em baixo
e eu mato o resto em bares
eu mato o resto em bars
duvidas? vem cá ver
o meu estilo é de escobar
duvidas, cadáver
e um dia se eu quebrar
vês toda a tuga a tombar
onde eu entro é para matar
sou king em qualquer cypher

[verso 15: bajda]
um dois, um dois
isto é bajda
e sua voz
pego o beat pelos totós dou-lhe por trás, empurro cocós
violo a pauta sem dó
com versos, fodo o ré
entra o mi, o fá, sol, lá nervoso
bato o pé
sim, si
já sabes como é
nisto sou papá, tu não passas de um bébé
usa, abusa, aproveita e goza
se achas que isto é boa merda
então faz-lhe um botão de rosa

[verso 16: cubano]
acabou a procura pela batida perfeita
simon a produzir a segunda última ceia
casta alentejana, foi uma boa colheita
upgrade na atualidade
vou dizer umas verdades
agrade ou não agrade
a salientar no mapa, todos os cantos da cidade
representar a nossa arte, mata mata
ninguém fica pela metade
amigos amigos negócios à parte

[verso 17: uput]
pensavas que eu não vestisse igual
sou do tipo alentejano de gema
de flow ao limite, perto de mim
o teu crescimento é uma estalactite
a tua b-tch bate mais calada em cima de um d-ck
admito que esses frutos
alguém já os colheu
essa dica não é tua
nem o jorge ta deu
eu não beefo vou-te dissecar
sem se dar
sempre a inovar
não acreditas
podes ir ver no var

[verso 18: haze]
yo garinagem
eu vim chamar à atenção como o chanana
aqui não há segredos tipo receita da bifana
e pa’ quem ‘tá esquecido eu não cheguei há uma semana
tu pagas caro tipo que bulimos em filigrana
‘tou a rimar não viste como é
‘tás a tentar e ouvintes dormem
é um atentado aos ouvidos essa track
vem sempre com flows de ontem
se perguntarem sabes dread
não vai haver rappers que sobrem
que hoje veio tudo fazer rap
e não vai interessar a ordem

[verso 19: tom]
o meu sistema intravenoso é de papel branco
mas se tanto fumo do mel ‘tá amarelo mano
cada linha escrita é um pedaço de story tell
tenho a escola toda desses sais e nem é gel de banho
nem vou ‘tar a comentar a atormentar a tuga
isse é o meu que um tibado ‘tar a vomitar na rua
e já há muito eu vejo vómito
e a merda continua
faz por ti e por ti próprio
não há próximo que te acuda
eu vou me alimentar

[verso 20: valas]
eu estudei a cantiga não foi acidente
desde puto em cada dica ouvia assim me’mo
se eu chorar na batida é o meu contentamento
o meu comportamento vai ao extremo do que eu penso
sou o homem de outro tempo
que faz com que o tempo de hoje
faça que o dia cinzento traga um sol depois
respira, descobre a vida
e deixa o ódio consumir as serpentes

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