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letra de campo minado - diego 157

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[vinheta]
“campo minado não se sabe quando vai disparar, tapete de morteiro fragmentos no ar, o barato é louco irmão, pra herói e vilão, brilho da noite é luz, soltou a trava do som.”

[verso 1: diego 157]
quem sofre não vive trancado humorado em condomínio
é o açoitado abandonado sem salário mínimo
proibido de sonhar, negado a questionar
e como de costume obrigado a apanhar
se a justiça é omissa, revolta não é postiça
a ostentação do boy atiça em quem nada tem a cobiça
cl1ck, cleck e o medo te enfeitiça
dá pra cá o que é meu, perdeu, se gaguejar o parceiro atira
é a vida, modernos abolicionistas
justificando a luta de cl-sse marxista
vim pra escrever o que é o sofrer em molde racista
desculpa, mas tô sem tempo pra fazer som pra pista
playboy, paga de gang sem sangue de rua
já o outro sonha com dinheiro e modelo gostosa nua
sinceramente, eu tô com quem se situa e atua
quem é raíz chega pra que o bom rap flua

[refrão]
vivo num campo minado e policio meus p-ssos
porque do contrário, bum, só estilhaços
eu tô ligado e sigo sem deixar rastro
(que é que pega aqui? que é que acontece ali?)
vivo num campo minado e policio meus p-ssos
porque do contrário, bum, só estilhaços
eu tô ligado e sigo sem deixar rastro
(vejo isso frequentemente desde moleque)

[verso 2: ravi]
e sente o baque sotaque na mira vixe então atira
se inspira, desvia sempre da mira dos tira
o adianto é pelos canto enche o bolso pede ao santo
liberdade e livramento na saidinha de banco
e se tem voz porquê se cala? é nós na fita eles na bala
conceito é o que mais tem quando eles ver as nota de 100
se não tiver você não é ninguém, de limousine, fusca ou de trem
ou de cyclone favelado ou um swatch no pulso embaçado
tá ligado campo minado um p-sso em falso você tá mutilido
ou seja na rua, sem falcatrua, emoplgado com as putas perua
vadia armadora delatora caguetou tomou de v-ssoura
aspira o giz, criança feliz, quem fala que diz não fica de boca
cobrança do crack de bike de oitão na mão enrolado na toca
na madruga roubando até bolsa, não mosque me ouça
veneno na veia, não pense que é areia, vivência de rua também de cadeia
moscou e não pagou, a cena é feia

[refrão]
vivo num campo minado e policio meus p-ssos
porque do contrário, bum, só estilhaços
eu tô ligado e sigo sem deixar rastro
(que é que pega aqui? que é que acontece ali?)
vivo num campo minado e policio meus p-ssos
porque do contrário, bum, só estilhaços
eu tô ligado e sigo sem deixar rastro
(vejo isso frequentemente desde moleque)

[verso 3: galf (ac)]
ugangue se perpetua nos ouvinte pelas ruas
entre quartos e nos becos nas vielas da sua cuca
fiinge pose que atua quando fala até -ssusta
o gás sobe, aí que noiz ver as falcatrua
clima tenso, neura pura, quente a temperatura
bota a cara tu ja sabe que os moleque aqui perfura
gol de placa é o que noiz marca dando olé nas ameaça
tem primata que de farda se te pega até te mata
ginga e fala que é maloca garoto inconsequente
chega então fim de semana tá com os cu no shopping center
mais que beat, technics, que bombeta e but gringo
flow cabreiro de verdade narro só o que vejo ao vivo
tudo louco endiabrado os humanos possuído
invocam tanto a maldade e dizem que adoram cristo
se fosse pra ser -ssim não tava vomitando versos
estaria enjaulado ou na mea do necrotério

[refrão]
vivo num campo minado e policio meus p-ssos
porque do contrário, bum, só estilhaços
eu tô ligado e sigo sem deixar rastro
(que é que pega aqui? que é que acontece ali?)
vivo num campo minado e policio meus p-ssos
porque do contrário, bum, só estilhaços
eu tô ligado e sigo sem deixar rastro
(vejo isso frequentemente desde moleque)

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