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letra de autodisciplina - diego 157

[vinheta 1:]
meus amigos são soldados, da guerra, mas das ruas. eles lutam por suas vidas. para os soldados e para mim isso vale a pena, é vale a pena…

[verso 1: diego 157]
quero ver quem vem de contra…
nas linhas minha honra e o que me cabe, sabe?
vim pra que o rap rebelde nunca se acabe
drumah soma o beat bate, cachorro loko late
com essência e resgate em consequência vem os quilate
vim pela trilha onde brilha quem se impõe
e põe em ruína e nina os que se opõem
hoje a moda é ter cifrões, esqueceram corações
querem grude nos refrões, cadê as emoções?
prezo em minhas canções ações que edificam
hits ôba ôbas p-ssam, clássicos ficam
e gritam, que é necessário manter a cl-sse
se p-sse não viu? viu, não se p-sse!
minha arte é parte do alarde que querem mudo
não! frente a omissão só conteúdo
saúdo meus ancestrais pela herança viva
dou vida a rima que é ogiva construtiva…

[verso 2: baga mc]
vejo corpos vagando entre planos e sonhos
vivendo e pensando morrendo e matando se ferindo e cauterizando
trago no corpo cicatrizes de injustiça
guerreiro que entrega a vida nessa luta cansativa
se for por liberdade eu pago um alto preço
não nasci pra ser preso encurralado em rastro de terceiros
pegue a visão tipo um falcão na hora certa
nem tudo o vento leva e nem tudo se conserta
lampiões em tempos modernos rasgando na faca
os demônios que usam farda que destrói nossas quebradas
oh jesus só sua luz me conduz e reluz
nesse rap que reproduz os pensamentos que expus
sentimento mesmo quando eu paro pra trampar
conceituar provar que amar é muito mais do que falar
situações que me deixam sempre em prova
pra invocar a minha revolta contra quem cava minha cova
maloca, sufoca, tem que ter o domínio
não sou do tipo que vive induzido e faz da vida um precipício…

[refrão]
atividade definida, tarefa compulsória
leva a autodisciplina positiva ser notória
habilidade explícita domínio da retórica
exercitando a prática com aprovação teórica
recuperando o ápice, esquecido na escolas
quando o rap ainda era base, modelo de reforma (2x)

[verso 3: galf (ac)]
não sou melhor do que ninguém nesse lance de vida
mas mostrei o proceder quando não havia saída
executei o plano b onde os mortais se escondia
tive visões sem entender fantasmas a luz do dia
salário, truco, marmita, cotidiano que irrita
luxúria, ostentação e as propaganda que instiga
queria ver o deputado sobreviver na vila
o reality show, prêmio bolsa família
retroceder nem pensar quando se honra a história
muitos compraram com sangue o ingresso pra tróia
a luta em prol da conquista sacerdotismo maloca
império aqui noiz constrói governo a peste que -ssola
dominam mentes com droga, cerveja, pó e xoxota
o que o dinheiro não compra a vida te dá de amostra
e as velas que foram acesa suplicam um trago de glória
parceiro eu tenho a certeza não tardará a vitória…

[verso 4: mc spock]
escrever rap é nossa sina o hábito de rotina
a interação com quem conhece a tempestade estuda o clima
doces sem conservante os diabéticos -ssinam
se p-ssarem mal com os versos o meu gesto é insulina
caneta pro letrista fazer o evangelismo
traz o corpo pro legista examinar vestígios
fechamos alguns dígitos numerando placar
traço a meta sigo a seta plano perpendicular
acena o polegar -n-lisa indicadores
tipo se dá pra lançar ser baixado no download
regras de convivência intensa limitando covers
transmitindo toda essência sem tendência game over
históricos mantidos novos educadores
preenchendo as desistências nessa ausência de valores
grafitti nas fachadas tag nos corredores
mesma via, mesmo acesso, novos super produtores…

[vinheta 2:]
aqui é o discurso daqueles que.. que acreditam no que é apenas uma possibilidade, naqueles que de uma certa maneira amam o que se apresenta com uma mera possibilidade, porque uma ideia é a maneira que a possibilidade pode se tornar em real

- diego 157

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