letra de olimpo - demodee
há de fazer crer ser pouco
ter meu mundo ao teu colo.
e dizer, já quase rouco,
das coisas todas do teu corpo.
que no escopo dessa trama,
valha, mais que a pele, o toque.
nada mais importe, o medo, a dor.
enfim, a morte.
ah, se eu morro nos teus braços,
me sinto um semideus no olimpo,
peço a zeus: me deserdar, mudar, de vez, pro teu…
deixa o tempo vir dizer
quanto, quanto dele, em você, existe.
quanto, quanto, quanto vale o quanto choras, quando triste?
até quando e quanto mais, até que não hesites?
quanto, quanto, quanto? e quanto a mim?
(ah, e o que dizer de toda paz que ela me traz?
mais que o não-respirar – que é, só você, motivo –
pode se aferir: enquanto ele te fere, eu quase, quase, quase vivo.)
deixa o tempo vir dizer
quanto, quanto dele, em você, existe.
quanto, quanto, quanto vale o quanto choras, quando triste?
até quando e quanto mais, até que não hesites?
quanto, quanto, quanto? e quanto a mim?
deixa que eu vou te dizer:
quanto vale o amor de uma mulher depois que tira a roupa?
tem prazo de validade, tudo que é sem densidade.
ser louco por ti já é prova de sanidade.
(às vezes chego a cogitar pensar, e quase concluir achar
– talvez nem dê para notar: você mexe comigo.)
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