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letra de traficantes de poesia - dejah mc

[verso 1: ennevê félix]
e eu tô no mic então, moleque, não me regula
faminto igual magali mas por rimas que eu tenho gula
leia a bula pois o meu rap é medicinal
recomendado pra quem é viciado em rap nacional
e eu tô no grau, chapado em cima dessas batida
tome uma dose da minha irmã chapa parça e curte a brisa
e desse rima pois dela não a contra indicação
beba sem moderação de embriague em cada sessão
ei jão rima e poesia é viciante
e eu já p-ssei aqui de mero usuário á traficante
a todo instante o meu produto tá se expandindo
e pelas ruas eu to viciando vários ouvidos
minha profissão é perigo á todo instante eu corro risco
pra não ser pego em flagrante aqui eu não sou vacilo
se eu for pego no enquadro certeza que eu sou detido
por acharem na mochila caneta, caderno e livro

[verso 2: fala ribeiro]
eu tenho esse lindo vício de agradar os outros
eu faço o som os moleque chapa o côco, acha bem louco
os canas embaça, de metralha, c-n-lha, vai na batalha
cadê o flagrante? rima na mente
então, joga a toalha
se eu quiser rimar eu rimo
se eu quiser versar eu verso
pago tudo com o suor e o amor do universo
por causa dela eu sou da rua, mano e não me estresso
com um papel e tinta preta eu vou pra galera, tipo o seu boneco
degustando no fone as carreira de rima foda
por favor não aperte stop, a lombra corta
eu vendo, eu dou de graça, faço rap na praça
poesia da boa, que todo mundo prende, ninguém p-ssa
e a boca que toma rumo, é lá em casa
no meu aniversário foram 33 barras
e os caçadores de fama, pra noiz já tão tirados
são poesias impuras, misturam bicarbonato

[verso 3: luciano costa]
de tanto gostar do que uso quis até distribuir isso
vendo e ate dou pra quem quiser pra mostrar o compromisso
taxado de muita coisas por fazer meu entorpecente
me chamam de maluco maloca vagabundo inconsequente
bando de c-n-lha covarde falando patifaria
e tudo por quê? por causa de um pouco de poesia
minha droga é relaxante feito de minha caligrafia
que eu espalho todo dia pela periferia

[refrão: luciano costa]
e eu tráfico pó-esia na quebrada
papel e caneta é minha arma engatilhada
eu trago pó-esia, então sente essa parada
que eu vim aqui pra fazer a mente da molecada
e eu tráfico pó-esia na quebrada
papel e caneta é minha arma engatilhada
eu trago pó-esia, então sente essa parada
que eu vim aqui pra fazer a mente da molecada

[verso 4: dejah mc]
e eu sou o dono da boca que rima, que fala
nessa vida loka tem vários tipos de bala
então, muito cuidado pra não virar pó
salve, inquérito, tô traficando poesia e só
quero mesmo é ser feliz seja em qualquer lugar
mudo eu não mudo o mundo preciso é me mudar
legalizaram o álcool e proibiram o haxixe, vixi
daqui a pouco proíbe o maxixe
o feijão tá um absurdo coitados dos crackudos
e quantos craques morrem por falta de conteúdo
no prato nenhuma substância pra ingerir
entre ratos catando lixo pra consumir
o barato é louco e às vezes sai caro
caiu enfermo e o governo é o mermo despreparo
oferece a repressão, mas não o tratamento
cuidado com essa droga que o efeito é violento

[verso 5: chicão mc]
tô traficando flow em cada track
me chame de pablo escobar do rap
foi tanto tráfico que tráfego poesia e só, oh
eu trabalho na madrugada pros meus versos serem globalizado, elevação a taxa de usuários
minhas linhas contém substância que ativa
toma uma dose de rima sativa
usuário não é o vilão, tampouco quem trafica poesia
eu tenho coleções de canetas vazias
multipliquei talento, trafiquei tanta rima que virei
narcotraficante de todos os tempos
dequebra na produção, do tráfico lírico, das poesias surjas dos versos ilícito
prescreve medidas para prevenção do uso indevido, ao social
prós dependentes de rap nacional
tô traficando pó-esia e só, oh

- dejah mc

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