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letra de relatos de uma segunda-feira qualquer / fonte dos desejos - dédalo (bra)

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[verso 1: dédalo]

fabricam como walter pra usuários como jesse
crack na lata, família de luto
se a vida fosse filme
seria taxi driver de martin scorsese

flutuo no inferno
coração tipo inverno
pensando no futuro
lembrando do passado
o mundo é paradoxal, complexo

filmes em preto e branco, menos conturbado
mundo consternado, tão pouco conservado

becos, ruas, corredores
sujeito à sujeira, sarjeta, setores

falso moralismo, pra cumprir o modernismo
sociedade pífia, refém da mídia
presos à conceitos da biblia
homens de mentira

onde eu ando as tia’ evita
ruas e mentes vazias
cuidado com qual sentimento esvazias
quase me rendi pro que não devia
como todo pecador comum, refém dos vícios
acabado, ferido
entre agonia e alívio, todo dia um sacrifício

cabeça tipo os dias de mudança
na tv só ódio e matança
nas ruas sede de vingança
mundo de ilusões não é como tu pensa

já disse que minha fé tá morta
mas isso não importa mais
espelho reflete meu pior lado
olho pro lado tentando não olhar pra trás

pelo centro cigarro, fumaça, finanças, falácias
de rolê pela praça com os manos do corredor, me sinto em casa

felicidade é ver a despensa cheia
na ambição me perco no meio
acho que é normal pra quem vem de baixo
ainda me firmo naquilo que creio

sujo como os quadros de goya
amigos vindo em cavalos de tróia
como atlas o peso suporto
dias de luta, dias de derrota
de merda minha cabeça lota
tento não me sentir morto
de pouco em pouco saio do sufoco
sonhando num dia ter endereço fixo

sair do lixo, meu nome ainda tá em f-xico
nunca entendi o por que disso
que se foda, é o ditado “pra tudo tem um recomeço”

mil pensamentos falando o que eu posso, quero, mereço
esses são os relatos de uma segunda-feira qualquer que eu conheço

dois mil e sempre
céu nublado, clima quente

[instrumental: kyoto]

[verso 2: dédalo]

tensão muscular, faço da rua meu lar
obtive dores que sei que nem o tempo pode curar
sede de um dinheiro que sequer podem gastar
pelas calçadas do bairro andando sem direção

só com a proteção de mim mesmo á esmo
sentindo a sensação de não estar são
e sentir o peso como atlas
armas como brinquedo
enredo pra morrer cedo
cego quem vê e finge, sangue tinge
perambulo como um eremita na floresta
meu reflexo mórbido é tudo que me resta
filhos b-st-rdos a terra ainda gesta
preso nos surtos psicóticos

e tudo que me contesta e testa, a vida é festa
nesta noite a morte e a foice nos leva pro outro lado dessa trama
a grana que controla e a fama fala mais alto que a força humana
encanta, engana
deus é dinheiro, raça profana

[refrão: dédalo]

na fonte dos desejos me perco
em mim mesmo e vejo tudo que passou
na fonte dos desejos me perco
o tempo passa rápido, me perco

na fonte dos desejos me perco
em mim mesmo e vejo tudo que passou
na fonte dos desejos me perco
o tempo passa rápido, me perco

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