letra de diz-me só - deau
[pedro lamares]
nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser
que já é
o teu desaparecimento
digo-te adeus?
e como um adolescente
tropeço de ternura, por ti
[bezegol]
como eu gostaria de explicar agora o que na altura não sabia
poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
adormecer contigo, minha maior alegria
ai, como eu te queria
como seria?
não termos deixado ser levado pelo vento
juntos enfrentarmos a erosão que traz o tempo
juntos conduzirmos para a vida nosso rebento
é o meu lamento
[deau]
escondeste o p-ssado e o futuro fugiu com o que existe entre nós
após o amor quebrado quebraste o laço que existe no pós
(sou) pormenores que a vida afronta
(eu) tenho de pagar a conta
juro, amar na amargura, quando a loucura encontra
forma de marcar presença
consciente sem consciência
consistência perdida, a boca dispensa, o coração não pensa
sentença pesada, há quem o diga
marca, navega na vaga da vida
amor, quando estiveres de partida, diz-me só quem te guia
[bezegol]
como eu gostaria de explicar agora o que na altura não sabia
poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
adormecer contigo, minha maior alegria
ai, como eu te queria
como seria?
não termos deixado ser levado pelo vento
juntos enfrentarmos a erosão que traz o tempo
juntos conduzirmos para a vida nosso rebento
é o meu lamento
[deau]
parece que ficas para saber a falta que tu me fazes
troçar da forma de como eu tentei decorar os espaços
guardar o tempo dentro de uma caixa de sapatos
com o intento de voltar atrás sempre que os tiver calçados
sabes? solas de nuvens não dão para escombros
traz-me de volta aos teus braços, arranhei os ombros
faz-me sentir esse teu mais que tudo e todos
que o rasto dos teus p-ssos são quando me afasto dos sonhos
[bezegol]
como eu gostaria de explicar agora o que na altura não sabia
poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
adormecer contigo, minha maior alegria
ai, como eu te queria
como seria?
não termos deixado ser levado pelo vento
juntos enfrentarmos a erosão que traz o tempo
juntos conduzirmos para a vida nosso rebento
é o meu lamento
[deau]
por vezes p-sso por esses lados onde, mindinhos dados
jurámos ver-nos tornados velhinhos contra tornados
remoinhos e tempestades com filhos criados
vida de baixos e altos, saltando de palcos em palcos
cruzar veredas com a verdade das varizes
amar até tornar fútil kits de rímel e vernizes
acredita, pensei mesmo que te iria ver
onde a nossa varanda teria a vista mais bonita para o douro
[bezegol]
como eu gostaria de explicar agora o que na altura não sabia
poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
adormecer contigo, minha maior alegria
ai, como eu te queria
como seria?
não termos deixado ser levado pelo vento
juntos enfrentarmos a erosão que traz o tempo
juntos conduzirmos para a vida nosso rebento
é o meu lamento
eu gostaria de explicar agora o que na altura não sabia
poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
adormecer contigo, minha maior alegria
ai, como eu te queria
como seria?
não termos deixado ser levado pelo vento
juntos enfrentarmos a erosão que traz o tempo
juntos conduzirmos para a vida nosso rebento
é o meu lamento
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