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letra de (in)sanatório - dc - dragão crioulo

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[verso 1]
a tv desligou. otimismo!
os toques destroem um humor sem sentido
não quero ouvir o que o mundo tem a dizer!
as falas são balas, garrafas são armas
em bares e esquinas, pinga e coca….
ele bebeu pra esquecer e não vai se lembrar
(não vai acordar!)
mais uma pra cota diária de tragédia
a graça ta morta e nós somos a comédia
eu tentei sorrir mas o meu domingão não deixou!
acabou minha dipirona e a dor não sara
vendo seu joguinho de amor eterno com outros caras
o inferno na minha sala! “pediu pra te entender”
me olhando nos olhos por lcd
são
controladores em pílulas
dignas vidas pra mais suicidas
to livre pra víboras
vive pra se curar
de tudo aquilo que a mente castiga
“não diga que eu não te avisei”
tanto avisou que eu até decorei:
olhos na estrada, carona é a culpa
meus freios falharam e to pagando a multa
a vida ta insistindo em te fazer de puta
não vai receber, ela morre em você
vai gozar sem prazer, vai sangrar até o tempo acabar
e torcer pra poder levantar
amenizam com lenta morte, a terra da e o mundo entope
pra acelerar o que ele absorve
sem rumo e sem sorte, joguei meu trevo fora
de frente pro agora e ele roda, roda, roda…

[ponte]
por um segundo flutuar…
por um segundo ver o fim de tudo
da dor eterna de viver..
fim dos trabalhos no meu mundo

[refrão]
lidar faz parte
mato essa dose antes que ela me mate
-ssim não afeto, só olho pro teto
e ele roda, roda, roda perto
lidar faz parte
mato essa dose antes que ela me mate
-ssim não afeto, só olho pro teto
e ele roda, roda, roda perto

[verso 2]
eu sei que o medo é a chave pro caos
seriam desesperados ou maus?
nasceu com a cabeça a prêmio, sem os pedidos do gênio
monitorado desde o começo a preço de oxigênio
os regresso, os boletos do médico, o tédio, o que mais há de vir?
(o que mais há de vir?)
os ventos que trazem a mudança num sobre podem destruir
“mas nada que um gole no mé não resolva depois de aceitar ter falhado
enjoado do gosto ralo da metade e os crachá de covarde pra quem falou que ia tá do lado”
viver é trampo difícil, geral quer poli-position
pra tu ser o último vão redobrar os artifícios
ter pra trocar já faz parte do ofício
então foda-se isso, de não ter conseguido chegar
invicto, ilícito, volta pro início, esquivo do alvo do míssil, aqui só há monstros e loucos, nascemos no hospício
me afasto, me perco e me acho em altos e baixos e até esqueço que você existe
sempre termino sentindo o teto caindo com uma voz bem lá no fundo me falando “resiste
e até a próxima vez”

[refrão]
lidar faz parte
mato essa dose antes que ela me mate
-ssim não afeto, só olho pro teto
e ele roda, roda, roda perto
lidar faz parte
mato essa dose antes que ela me mate
-ssim não afeto, só olho pro teto
e ele roda, roda, roda perto

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