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letra de vida do crime - conecta drama

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tirei doze no fechado, agora voltando pra selva
me fez compreender que aqui fora a vida é bela
pois lá dentro aprisionado entre aço e concreto
só ódio, só rancor, no calabouço do inferno

certo pelo certo, me batizei no crime
e contra opressão, é sem m-ssagem, sem regime
muita coisa diferente, a quebrada, os bandidos
crianças que brincavam com meu filho trocam tiros

sem medo, puxam o gatilho, fogos iluminam o céu
as barca no pé do morro, oh meu parça tá cruel
por aqui nada sei, nada vi, mantém vivo
tá de fura e radinho, é progresso pros menino

satisfação querido, óh mó cota, isso memo
é hora da vitória, p-ssou seu sofrimento
um brinde aos guerreiros desse lado do combate
a cara é usufruir das muié, das nota, das nave nervosa

oh vida loca, cabulosa
isso memo mulecão, tá do jeito que nóis gosta
emocionado e eu vô ganhando a fita
agradeço a atenção, boa pra nós família

vida do crime é luxo, trás flores e rosas
lágrimas na tranca, cadeiras de roda
história pra contar pro filho, em tarde de domingo
nos pátios da saudade, nas visita dos presídios

três meses pós liberdade tô montado, tá suave
casa mobiliada com veloster na garagem
fim de semana é jet de praia, pra ubatuba
chega a arrepiar a pele quando tromba as viatura

e o alerta vem do rádio: salve aliado
a missão é construtiva, resgate ao exilado
exigimos cuidado pra que tudo saia certo
enquadrando o bonde, antes de chegar no inferno
setenta e duas horas pra audiência do irmão
o agente do comboio vai somar na operação

já temos a informação que não tem apoio aéreo
já facilita a fuga pra subir entre os prédios
do centro da cidade pesado nos armamentos
dispensa na caçamba, do estacionamento do shopping

tem três carros com a chave no contato, roupa pro disfarce
já era, é pau no gato
são oito de nós, e que deus proteja todos
são oito da manhã, ansiedade, tô nervoso

mãe jurei lealdade, não importa o que aconteça
já era eu tô aqui vamo que vamo pra arena

vida do crime é luxo, trás flores e rosas
lágrimas na tranca, cadeiras de roda
história pra contar pro filho, em tarde de domingo
nos pátios da saudade, nas visita dos presídios

chegamo com os camaro a dois quarteirão do fórum
dez minutos pro encontro, prepara o psicológico
recarrega as armas, confere as granadas
não tem compaixão diante dos porcos de farda

e a primeira blazer vem, manda ela pras altura
já era é tudo nosso intermediamo a rua
só gritaria, pânico e furo na lataria
do outro lado da calçada, balearam a tiazinha

lamentável, o plano segue
soldado nunca recua
caralho azedô! de onde vem tanta viatura?
circo ta fechado, e os palhaço troca tiro

tá cheirando trairagem, essa porra é suicídio
irmão vem dois comigo, ligeiro na cobertura
com fura destravado, liga o carro e pega a dutra
um dos mano afirmou, sem chance de sair vivo
tô indo pro inferno mas levo vários comigo

e o desfecho foi aquilo, só sangue derramado
o crime é luxuoso, mas no fim, cobra caro
um sobrevivente para honra e para glória
só restou, lágrimas, história e cadeira de roda

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