letra de depois de um tiro de laço - césar oliveira e rogério melo
o travessão se acomoda numa badana de pardo
argolas e aço templado sustentam firme o cinchão
ato a corda bate cocha, pacholeando a campereada
deixando a volta da armada lá na curva do garrão
indiada pr-nta pra luta, mais um dia de refrega
pingos esmagam macegas rumo ao fundo da invernada
alguns arrastam o laço no cerimonial toreno
e os tentos bebem sereno extraído da madrugada
(refrão)
nos gritos de “êra boi” mesclados com -ssovio
vai juntando o gaderio, reunindo todo o rodeio
a cuscada trabalhando, mangueando no fiador
levo até o parador algum refugo matreiro
enquanto uns armam o laço, outros cercam o rodeio
e tranças num rebolqueio cortam o vento num silvido
o contraponto das patas que se alarga pela pampa
se estanca num par de guampas ou no grosso do fervido
depois da força escorada entre argola e presilha
serpenteando entre as flechilhas descansa dos simbronaços
enrodilho cada volta das treze braças de couro
e enfeito a anca do mouro depois de um tiro de laço
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