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letra de a minha paz - c57

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shout out ao joni
e desculpa, esta era linda, bro
mais um capítulo no espectáculo da salvação
´tá tudo pr-nto pa’ saber que ela é bem-vinda
e vou dar-lhe um título e não vai deixar a vida em vão
anestesia no sorriso sem que minta tho:
ela vai ser mais um receptáculo da frustração
e eu nunca ponho muita, é que eu preciso que ela sinta a dor
mas cada uma delas é especial na minha colecção
e eu ‘tou a sonhar mostrar a cena e que o incenso abrisse a mood pa’ sofrer
é que a conduta do meu game é sick
que não seja do tipo que com ambiente tenso, ri-se
é que esta eu queria ver a dar luta e não seja a same sh-t
a tentar parar a pena e que o bom senso visse
a apelar ao feel pa’ aceitar fuga e a deixemos ir
hum… hesito
mas enquanto eu penso nisso é só mais um k!ll
a sentar o krueger no shame seat
e é por toda a prod. que mereça, porque quis-me mudo
se as usei que não lhes falte nada
e ela diz-me “tudo”
acusações à roda na cabeça e claro: fiz-me duro
mas eu sei que cada golpe dado é egoísmo puro
cada golpe dado é egoísmo puro
e sangue escorre a cada toque desta assinatura
cada golpe é egoísmo puro
e eu ‘tou perdido na procura
porque eu não me controlo – não
curtia parar, mas é mais forte que eu
a minha paz é vê-la agonizar a cada corte meu
só queria fazer o que de pior temeu à prod
eu vivo do prazer que a sua morte deu
agora vão entendendo a mente em isolamento
e encontrando a dor poética que esconde na acção
a contagem vai crescendo e nem por isso lamento
pa’ tê-los a estudar a métrica e a coordenação
e pa’ não cair na rotina talvez tente algo diferente
pa’ ver o valor e estética da boa incisão
um banho de hemoglobina
nem sempre é cirurgicamente
e é vê-los invejar a técnica desta precisão
só foi o método que fez que a defesa me ampare
eu sinto o ódio dos que apuram as causas e passo
e se apoio é tudo o que dês, talvez amanhã pare
minto a mim próprio, nunca duram as pausas que eu faço
até ter vontade outra vez e voltar a matar
e o meu rosto carregar novamente o fracasso
que na verdade o que tu vês é tentar abrandar
mas quando é por gosto quem sente o cansaço?
quando é por gosto quem sente o cansaço?
por gosto ninguém conhece o correcto
tiro-lhe o tempo a tentar dar-lhe espaço
mas esta sede adormece por perto
quando é por gosto quem sente o cansaço?
por gosto ninguém conhece a moral
tiro-lhe o tempo a tentar dar-lhe espaço
mas esta sede parece normal
o normal que não sacia e deseja calado
mas o que eu trago comigo é outro grau de apetite
iludido enquanto espero quem veja o meu lado
mas soa tão vago o que eu digo e tão bem ao que me irrite
o normal até que um dia eu esteja curado
mas cada gemido eu sei de cor e é mau que me excite
eu admito e não é que eu não seja culpado
mas é pior quem aplaude e permite
porque eu não me controlo – não
curtia parar, mas é mais forte que eu
a minha paz é vê-la agonizar a cada corte meu
só queria fazer o que de pior temeu à prod
eu vivo do prazer que a sua morte deu
o meu alt. faminto é o norte que eu sigo
nem sempre é o melhor
mas por norma consigo mais um golpe no synth
mais um escalpe no cinto
eu sei que é f-cked up
de outra forma não sinto a minha paz

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