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letra de despedida - buster alx

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[letra de “despedida” ft. ruca peleias]

[verso 1: buster]
nasceste com a liberdade construção feita em altura
habitação social novidade na arquitetura
acolheste a pobreza oriunda da ribeira
com uma mão atrás das costas e o resto na algibeira
desta luz cinco torres ergueste várias famílias
aguçavas o saber, matérias em oficinas
possuías treze andares em cada um cinco casas
interior labiríntico p’ra quem jogava a “cacas”
em terra batida ainda não havia asfalto
quando a segunda torre foi tomada de assalto
deu se a conclusão junto da periferia
abre a persiana para quem o sol aprecia
refletia a sua imagem dando cor ao azulejo
aviões rasgão o céu “cruza o dedo pede um desejo”
via da minha janela quem o beijo praticava
no verdade ou consequência na escola primária
que me deu ensinamentos caderno de apontamentos
atendeu todo o inferno de mais comportamentos
quando tocava a campainha da ida para o refeitório
iniciava a correria para o final inglório
exceção do edgar chegava a cantina da tina
em primeiro lugar as grades eram estreitas
ele magro para passar depois de almoçar
cá fora a gente insistia com a tinta que existia
roubada na drogaria pintava salão sistina
sem moral no mural só alegria visual
maioria aprovava o alívio espiritual
escola reprimia juntamente com o atl
que nos dava um papel sobre a visão do futuro
ter estudos ser culto em adulto ter um canudo
sou o miúdo sonhador da folha faço um cartucho
puxo ar até ó sufoco sai luxo viajador
estou no topo a ver a vista sentado na crista
mãos na nuca ver a cúpula do palácio de cristal
sei que a culpa não é minha nem dos enredos do jornal
foi a tua geografia quiseram o teu local
[refrão: ruca peleias]
querem me tirar do bloco
mas o bloco não tiram de mim (assim)
olham me de lado
sem sequer saber de onde eu vim (enfim)
se passasses aquilo que eu passei
se sonhasses os sonhos que eu sonhei
no topo da torre eu vejo o horizonte e sinto-me um rei

[verso 2: buster]
olhava sobre o rio onde via o mar
e ver-te desmoronar deixa-me mais frio
sem brilho já não sorrio só me resta relembrar
guardar todos os momentos que passei contigo
sem abrigo me sinto vazio recinto
pinto o teu distinto rasga o passar da ponte
por mais palavras que encontre será sempre sucinto
instinto físico extinto fonte do belo horizonte
deitar no monte à noite à espera de algum cometa
imaginar uma faceta vê-las nas estrelas
bicicletas amarelas na rampa da maneta
todos tínhamos sem tê-las ter era partilha
partidas de futebol moviam lordelo inteiro
do engenhoso ao caceteio ninguém era restrito
sem apito no atrito todo mundo era olheiro
torneio fogoso descrito pelo espírito
menino da beira rio mergulho no rio douro
eterna saudade do momento duradouro
onde o tempo parava a cada tolada turista
passava fotografava, espírito selvagem
que planava dominava tudo ao redor
alcatroávamos estradas com sonhos feitos a giz
nas entradas às claras sabiam que era feliz
com pouco ou quase nada, caso usasse a mesma roupa
ninguém pr-nunciava: “uniforme frequente”
porque a fome era o roncar de uma crise existente
existe imaginação viajar p’ra outro universo
onde eu tenho o acesso com asas de papelão
descer do corrimão no centro comercial
lá fora na lateral lago p’ra nós fluvial
salta gotas de alegria cruza sol que fantasia
a felicidade na íris ao formar o arco-íris
em festas de são joão interior ficava nublado
o cheiro das sardinhas que na roupa se entranhava
passado uma semana eu subia ao telhado
coloria o céu com luzes com o fogo da afurada
[refrão: ruca peleias]
querem me tirar do bloco
mas o bloco não tiram de mim (assim)
olham me de lado
sem sequer saber de onde eu vim (enfim)
se passasses aquilo que eu passei
se sonhasses os sonhos que eu sonhei
no topo da torre eu vejo o horizonte e sinto-me um rei

querem me tirar do bloco
mas o bloco não tiram de mim (assim)
olham me de lado
sem sequer saber de onde eu vim (enfim)
se passasses aquilo que eu passei
se sonhasses os sonhos que eu sonhei
no topo da torre eu vejo o horizonte e sinto-me um rei

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