letra de de braços abertos p'ra vida - bob da rage sense
(maze)
espero que me entendas quando às vezes não sorrio
espero que compreendas porquê às vezes sou frio
hoje liguei a televisão e vi a propagação do ódio
(paranóico) dei voltas em torno de mim próprio
sinto-me um cubo de rubik desorganizado
a minha psique cai a pique estou no solo estatelado
incapaz de lidar com os meus demónios interiores
impotente p´ra livrar todo esse mundo de horrores
preso num colete de forças, vejo marchar as tropas
as man0bras dos senh0r-s do poder, o sangue nas notas
os cadáveres das crianças mortas e sinto a dor
das mães absortas que vêm partir o seu amor
espero que percebas porquê às vezes expludo
espero que sintas o pesar quando estou de luto
absorvido, dos meus sentimentos abstraído
bem longínquo a escrever esta letra procuro alívio
(mundo)
por vezes tento mano, acredita mas não consigo
fechar os olhos à podre faceta deste mundo onde eu vivo
exploração de menores e imigrantes sem papeis
de trabalho em trabalho explorados à margem de todas as leis
conflito de interesses e invasão de territórios
bélicos monopólios como objectivo da conquista do petróleo
aquecimento global que avança a um ritmo frenético
o stress citadino leva o cérebro a ficar anoréctico
nada é simétrico, nem mesmo a tão aclamada justiça
por vezes vendida de olhos arregalados face à cobiça
à mente submissa que condiciona o progresso
não das máquinas mas sim do ser-humano no seu interior processo
isto é mais complexo do que realmente parece
o ódio cultivado há séculos mano vê como floresce
vê o verde que padece face ao cinzento que permanece
a noite cai em mim à medida que o tempo arrefece
(bob)
às vezes demasiado duro mas nunca perco a ternura
encontro flexibilidade sendo radical no meio da amargura
ajo com extremos contra quem mata a esperança
como a revolução de 1789 em frança
adquiri a visão de chomsky num discurso conciso
porque o ruim de uma ideologia é o rompimento definitivo
estranho o que não é estranho tomo por inexplicável o habitual
sinto-me perplexo perante esta civilização irracional
retrógrada, onde o desenvolvimento humano se encerra
e o desconhecido se torna patrão ocupando a tua terra
o eixo do mal americano almeija o petróleo de saddam
e invade o médio oriente como invadiu o vietnam
sou apenas um revoltado, necessitado que se queixa
marxista como a árvore voa no pássaro que a deixa
é uma questão de perspectiva e todo o ser pensante compreende
que estou disposto a morrer pela causa como salvador allende
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