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letra de e.c.l - big s

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6 gramas para meu consumo whisky puro no meu copo
já não resta muito tempo para me vires dar um props

o cenário é sempre o mesmo e a merda já não varia
cada vez eu sinto mesmo sintomas de hipotermia

fechado no meu quarto vou falando com o papel
talvez um dia oiça se não me ouvir eu congelo

não há luz sem estandarte continuo a idolatrar-te
parto para outro formato, aparte da folha a4

o dominó vai caindo ao som do anonimato
por vezes também ingrato, quando fazes um ultimato
faço arte

100% de pureza
não te escondas nessas farsas são falácias fáceis fúteis hábeis
vulneráveis a mentes fracas tu mentes falhas entendes falhas?

cortam o clima, fecha a retina
não vale a pena, sê realista
mais um dia a mesma sina ensina a ser propício a ser insano

(refrão)
estima cada linha que encaminha para isto
se o inferno é onde fico, faço disto o paraíso
se é no caderno que vivo, faço dele o meu motivo
subalterno no teu mundo, mas eterno ao ser ouvido

querem ver o meu frac-sso, não desisto facilmente
musica didática ao por em prática a mente

[it’s the only thing that the whole world listens to]

nem com veto e confettis o teu fetiche é um verso
vens com frete e com pressa mas tu tropeças no bench
nada acontece no teu bloco, no meu eu coloco ao rubro
cada linha que eu descubro com uma etiqueta diferente

nunca faço para quem quer, faço apenas para quem sente
planto a minha s-m-nte com o tempo eu vou crescendo
descrevendo cada etapa comovente, como vento
vou soprando o que inalo do oriente

(refrão)
estima cada linha que encaminha para isto
se o inferno é onde fico, faço disto o paraiso
se é no caderno que vivo, faço dele o meu motivo
subalterno no teu mundo, mas eterno ao ser ouvido

já chega de fantasia, tanta via, todavia, não havia outra maneira
de explicar o que eu sentia

diz-me o que é que acontece enquanto eu faço a prece ao fumo
não sei se foi feito a pressa mas feita a peça eu -ssumo
que são as bombas líricas com a larica do consumo
com a satirica verdade porque eles complicam
quando implicam com o p-ssado

só demonstram ser o mesmo e dizem que é inovar
está na hora de acordar e estás à nora p’ra bazar
a cota chora pois implora para tu voltares a pensar

apesar do que tu dizes não vês o pesar das contas
não te escondas, nem descontes em contos
sondas são factos, não pontos

(refrão)
estima cada linha que encaminha para isto
se o inferno é onde fico, faço disto o paraiso
se é no caderno que vivo, faço dele o meu motivo
subalterno no teu mundo, mas eterno ao ser ouvido

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