letra de povo que lavas no rio - antónio manuel ribeiro
povo que lavas no rio
que talhas com o teu machado
as tábuas do meu caixão
povo que lavas no rio
que talhas com o teu machado
as tábuas do meu caixão
pode haver quem te defenda
quem compre o teu chão sagrado
mas a tua vida não
pode haver quem te defenda
quem compre o teu chão sagrado
mas a tua vida não
fui ter à mesa redonda
beber em malga que esconda
um beijo de mão em mão
fui ter à mesa redonda
beber em malga que esconda
um beijo de mão em mão
era o vinho que me deste
água pura, fruto agreste
mas a tua vida não
aromas de urze e de lama
dormi com eles na cama
tive a mesma condição
aromas de urze e de lama
dormi com eles na cama
tive a mesma condição
povo, povo, eu te pertenço
deste-me alturas de incenso
mas a tua vida não
povo que lavas no rio
que talhas com o teu machado
as tábuas do meu caixão
povo que lavas no rio
que talhas com o teu machado
as tábuas do meu caixão
pode haver quem te defenda
quem compre o teu chão sagrado
mas a tua vida não
pode haver quem te defenda
quem compre o teu chão sagrado
mas a tua vida não
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